Saldo do Dia: Comentários de ministros e bom desempenho da Vale garantiram pregão de alta para o mercado brasileiro, destacando arcabouço fiscal, crescimento e produção.
O mercado brasileiro parece estar seguindo o comando de voz da redução de despesas, e o apetite a risco na bolsa brasileira está em declínio. Isso se deve em grande parte ao discurso de Simone Tebet, ministra do Orçamento e Planejamento, que defendeu a necessidade de cortar gastos e encontrar uma política fiscal crível.
A ministra do Orçamento e Planejamento desempenhou um papel crucial no processo de discussão sobre o controle dos gastos, e o discurso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou a ideia de que o arcabouço fiscal é uma política alcançável. Com o teto de gastos entrando em vigor há mais tempo, a expectativa é de que o mercado brasileiro continue a se adaptar às mudanças na economia. A Ibovespa, que é um dos índices mais importantes da bolsa brasileira, pode ser um indicador das mudanças no mercado. A redução de despesas é uma medida necessária para garantir a estabilidade fiscal, e o mercado está acompanhando de perto as medidas que o governo está tomado para controlar os gastos. A busca por uma política fiscal crível é uma questão de interesse público e pode impactar diretamente no desempenho da economia.
Desafios Fiscais e Mercado de Ações no Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou o compromisso do governo em manter o arcabouço fiscal, destacando a necessidade de equilibrar despesas com o crescimento econômico. Isso, por sua vez, garantiu um ambiente favorável para o mercado de ações, com o Ibovespa avançando 0,54% e acumulando alta de 1,35% na semana.
A produção da Vale também desempenhou papel importante, contribuindo para o bom desempenho do mercado. O volume de negociações foi de R$ 19,5 bilhões, acima da média diária de R$ 16,6 bilhões, calculada com base nos últimos 12 meses. A bolsa brasileira experimentou uma alta significativa, com o Ibovespa alcançando 131 mil pontos.
A possibilidade de estatais serem excluídas do orçamento gerou inicialmente uma reação desfavorável no mercado, mas o ministro da Fazenda negou essa intenção, afirmando que o objetivo é reduzir a dependência dessas empresas do orçamento da União, o que levaria a uma redução das despesas.
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou que percebeu um ‘compromisso firme’ do presidente Lula com o equilíbrio fiscal após um encontro com ele. Apesar disso, os juros dos contratos futuros continuaram subindo, principalmente no horizonte mais longo, o que reflete preocupações com o quadro fiscal. A curva de juros adotou um movimento invertido, com as taxas de longo prazo ficando menores que as de curto prazo.
Isso ocorreu devido à expectativa de aumento da taxa básica de juros, que ampliará os juros de curto prazo, e se fortaleceu após a agência de risco Moody’s elevar a classificação do Brasil, indicando mais confiabilidade na saúde das contas públicas. A Taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 manteve-se praticamente estável, com uma variação muito pequena.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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