Rebeca Mendes, fundadora do Projeto Vivas, alerta que meninas menores de 14 anos enfrentam barreiras para identificar abusos em casa.
‘Vítimas de estupro são as que mais encontram barreiras’, afirma fundadora de ONG que luta pelo direito ao aborto: ASSISTINDO ‘Fiquei completamente acuada’, relata vítima de estupro ao relembrar atendimento em hospital ASSISTINDO ‘Eu tinha medo de gerar um futuro estuprador’, diz sobrevivente de estupro que optou pelo aborto. Meninas menores de 14 anos que engravidam após estupro geralmente só descobrem a gestação quando ela ultrapassa o período de 22 semanas.
A violência sexual deixa marcas profundas e invisíveis, afetando a vida das vítimas de maneira irreversível. É fundamental dar voz e apoio às sobreviventes de estupro e garantir que tenham acesso a todos os direitos e cuidados necessários para sua recuperação. A sociedade precisa se unir no combate à violência sexual e no apoio às vítimas, criando um ambiente seguro e acolhedor para todas as pessoas que passam por situações tão traumáticas.
Revelação sobre Estupro e Violência Sexual
Rebeca Mendes, fundadora do Projeto Vivas, que auxilia meninas e mulheres vítimas de estupro a acessarem serviços de aborto legal e seguro no Brasil e no Exterior, compartilhou uma história chocante durante sua participação no Terra Agora, em uma quinta-feira recente. Ela destacou que meninas menores de 14 anos enfrentam barreiras significativas, chegando aos serviços com mais de 22 semanas de gestação, muitas vezes após serem vítimas de violência sexual dentro de suas próprias famílias. A descoberta da gravidez nessas circunstâncias ocorre tardiamente, quando o corpo infantil começa a mostrar sinais evidentes. Ao buscarem ajuda em postos de saúde, são erroneamente encaminhadas para acompanhamento pré-natal, o que perpetua o ciclo de desinformação e negligência.
Desafios no Atendimento às Vítimas de Estupro
Rebeca destacou as dificuldades enfrentadas pelas vítimas de estupro ao tentarem obter um aborto legal e seguro. Ela ressaltou a demora e a burocracia envolvidas no processo, que muitas vezes resultam em atrasos significativos. A fundadora da ONG mencionou que, no Brasil, muitos serviços só atendem casos de até 22 semanas de gestação, o que coloca as vítimas em situações de extrema vulnerabilidade e medo. O acesso a um atendimento adequado e respeitoso se torna um desafio adicional para essas mulheres, que precisam lutar por seus direitos em meio a obstáculos institucionais e sociais.
Consequências do Estupro e a Luta por Direitos
Rebeca Mendes enfatizou a importância de garantir o acesso ao aborto legal para as vítimas de estupro, independentemente da idade ou circunstâncias. Ela ressaltou que a demora no processo pode levar as mulheres a ultrapassarem o limite legal de semanas para a realização do procedimento, o que as coloca em situações ainda mais delicadas. A fundadora do Projeto Vivas destacou a necessidade de conscientização e ação efetiva para proteger os direitos das vítimas e garantir um futuro mais seguro e digno para aquelas que sofreram o trauma do estupro.
Fonte: @ Nos
Comentários sobre este artigo