Mulher presa em maio após cinco anos de invasivas perseguições online e ao vivo: mensagens, ligações consecutivas, falsos perfis.
Neste domingo (19), o caso de Kawara Welch foi destaque em uma matéria do ‘Fantástico’. A mulher, que se identifica como artista plástica nas redes sociais, foi detida no começo de maio por praticar stalking contra um médico de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro.
As autoridades investigaram a conduta obsessiva de Kawara, que resultou em sua prisão. O stalking e a perseguição constante ao médico levantaram questões sobre a segurança e a privacidade das vítimas desse tipo de crime.
Relato de um profissional sobre os terrores da perseguição obsessiva
Durante cinco longos anos, o profissional viveu um verdadeiro pesadelo de stalking, sendo alvo de mais de 1300 mensagens diárias e aproximadamente 500 ligações consecutivas. A prática do stalking foi criminalizada em 2021, quando foi incluída no Código Penal. Esse tipo de perseguição envolve mensagens insistentes, ligações incessantes, comentários invasivos em redes sociais e até a criação de perfis falsos para monitorar a vítima e seus entes queridos.
Além disso, o stalking pode se manifestar de outras formas, como o perseguidor aparecer frequentemente nos mesmos locais que a vítima, forçando-a a alterar sua rotina habitual. Um exemplo disso foi o caso do médico, que preferiu não revelar sua identidade, sendo alvo de Kawara, uma mulher que cruzou seu caminho em 2018 durante uma consulta em um hospital particular, alegando que suas interações não eram mera coincidência.
Kawara passou a perseguir o médico, chegando ao ponto de esperá-lo na esquina de seu local de trabalho e invadir sua vida de maneira obsessiva. O profissional descreveu o terror que viveu, sendo perseguido repetidamente pela mulher. Após cinco anos de tormento, Kawara foi finalmente presa no início de maio.
A perseguição evoluiu para ameaças, com Kawara acessando o celular do médico e enviando mensagens perturbadoras, incluindo fotos com conteúdo perturbador. Ela ameaçou expor suas conversas para sua esposa, usando isso como forma de pressão. Mesmo após o profissional interromper o atendimento à mulher em sua clínica, Kawara persistiu, indo atrás dele em seu local de trabalho, obrigando-o a recorrer a outros colegas para evitar contato.
A situação atingiu níveis extremos, com Kawara enviando mais de 1300 mensagens e realizando mais de 500 ligações em um único dia. Mesmo mudando de número de celular várias vezes, o médico percebeu que era inútil, pois a perseguidora sempre conseguia encontrar seu novo número com facilidade. A vítima viveu momentos de pânico e desespero diante da obsessão doentia de Kawara, que parecia determinada a controlar cada aspecto de sua vida.
Fonte: @ Hugo Gloss
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