Casa Firjan reúne especialistas no Rio de Janeiro para debater inovação na educação, transformação digital e metodologias ativas, abordando saúde mental e educação profissional na sociedade engajada.
O Ministério da Educação (MEC) esteve presente no 2º Encontro de Educadores do Século XXI, realizado na última sexta-feira, 27 de setembro, na Casa Firjan, no Rio de Janeiro (RJ). O evento teve como objetivo discutir os principais desafios e tendências atuais da Educação, como a transformação digital, a sustentabilidade, a diversidade, as metodologias ativas e a saúde mental.
Durante o encontro, foram abordadas questões importantes relacionadas ao ensino e ao aprendizado, como a necessidade de uma formação mais personalizada e a importância da tecnologia na sala de aula. Além disso, foram destacadas as metodologias ativas como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de habilidades e competências dos estudantes. A formação de professores também foi um tema relevante, com a ênfase na necessidade de uma formação contínua e atualizada para atender às demandas do mercado de trabalho.
Transformação na Educação: Um Desafio para o Futuro
A abertura do encontro contou com a presença do secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli, que destacou a importância da aprovação do Projeto de Lei (PL) nº 121/2024, de autoria do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O PL prevê a ampliação de vagas em educação profissional e tecnológica (EPT), com fomento da amortização das dívidas dos estados. ‘A Educação precisa de recursos para avançar. Sem orçamento, não podemos alcançar nossos objetivos. Precisamos da efetivação desses recursos para que a ampliação de matrículas seja possível’, enfatizou Bregagnoli.
Ele também destacou que o MEC trabalha para construir uma sociedade mais engajada, por meio dos estudantes e egressos, para que se tornem pessoas críticas, criativas e construtivas. ‘A Educação profissional e tecnológica não se limita a formar empreendedores, mas sim pessoas com pensamento e atitude empreendedora e inovadora. Precisamos discutir como avançar no ensino médio de forma integrada à educação profissional e tecnológica’, apontou.
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os índices de matrículas na EPT no Brasil ainda são baixos, em torno de 12%. ‘A Educação profissional e tecnológica vai além de uma série de quesitos como criatividade e estímulos. Ela também gera renda, emprego, melhoria da qualidade de vida, porque trabalha competências e habilidades’, disse Bregagnoli.
O Papel da Educação na Sociedade
Esta semana, o MEC anunciou a complementação de recursos repassados às secretarias estaduais de educação que pactuarem matrículas na EPT articulada com o ensino médio em tempo integral. Já o presidente da Casa Firjan, Luiz Césio Caetano, destacou que ‘a Educação é um dos grandes desafios brasileiros hoje, seja pela necessidade de alcançarmos melhores resultados em qualidade e equidade, seja pelas inovações tecnológicas e novas demandas sociais que se somam ao contexto deste século 21’.
A palestra ‘Plano Nacional de Educação – Formação de professores para as competências do futuro do trabalho’, ministrada pelo diretor de Programas da Secretaria de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino (Sase) do MEC, Armando Simões, também foi um destaque do encontro. Em sua apresentação, o diretor falou que a questão docente é uma questão central para o debate hoje. ‘O relatório da Unesco, publicado em fevereiro deste ano, aponta para a necessidade de cerca de 44 milhões de docentes no mundo para que o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4, voltado para uma educação de qualidade inclusiva e equitativa para todos, possa se realizar até 2030’.
Segundo Simões, na América Latina, a estimativa é da ordem de 2,5 milhões de docentes necessários para atingir o ODS 4. ‘A formação de professores é fundamental para a Educação de qualidade. Precisamos investir em metodologias ativas e digitais para preparar os professores para as competências do futuro do trabalho’, enfatizou.
A Educação é um direito fundamental e essencial para o desenvolvimento de uma sociedade engajada e crítica. A formação de professores e a ampliação de vagas em educação profissional e tecnológica são fundamentais para alcançar esses objetivos. Além disso, a saúde mental e o bem-estar dos estudantes também são essenciais para um aprendizado eficaz. A Educação precisa ser priorizada e investida para que possamos construir um futuro melhor para todos.
Fonte: © MEC GOV.br
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