Problema de vendas no 4º tri: Varejista atribuiu a mudança de posicionamento e layout de loja ao baixo alcance de receita da novidade de marca.
Nos últimos anos, a indústria da moda tem testemunhado uma crescente valorização da moda popular. Marcas e varejistas estão cada vez mais atentos às tendências que ressoam com o grande público, buscando oferecer produtos acessíveis e estilos que refletem a diversidade e a autenticidade de seus consumidores. A moda popular não se trata apenas de seguir as tendências dominantes, mas também de criar peças que atendam às demandas e desejos de um amplo espectro de clientes.
Essa abordagem tem se mostrado eficaz no cenário da popularidade em moda, permitindo que as marcas construam conexões mais profundas com seu público-alvo e se destaquem em um mercado competitivo. Ao compreender e se adaptar às preferências em constante evolução dos consumidores, as empresas podem não apenas otimizar suas estratégias de marketing, mas também cultivar uma base de clientes fiéis e engajados. Investir na moda popular não se trata apenas de seguir uma tendência passageira, mas sim de estabelecer uma presença duradoura e significativa no mercado da moda.
Novo Diretor Executivo Inova Estratégia da Marisa para Alcançar a Classe Popular
O novo diretor executivo da Marisa, com experiência na Caedu e na Riachuelo, trouxe consigo mudanças significativas para a empresa. Andrea Menezes, membro do conselho e CEO interina da Marisa, revelou que a decisão por transformações foi motivada pela decepção com o desempenho no quarto trimestre de 2023. Nesse período crucial para o varejo, as expectativas da companhia não foram atendidas, o que levou a empresa a iniciar um processo de reestruturação, resultando no fechamento de 97 unidades ao longo do ano passado.
Após avaliar os resultados insatisfatórios, a equipe identificou que o problema de vendas estava relacionado ao posicionamento errado de marca das lojas da Marisa. Menezes explicou que a empresa estava comercializando produtos voltados para a moda popular, porém mantendo uma imagem de marca direcionada à classe média. Diante desse cenário, a estratégia foi ajustada para focar totalmente na classe popular, buscando alinhar a oferta de produtos com o perfil predominante de seus clientes.
A mudança de posicionamento refletiu não apenas nas vendas, mas também na receita da empresa. Experimentos realizados em lojas piloto, como a unidade de Santana e Jabaquara em São Paulo, demonstraram resultados positivos. A participação na receita bruta total da empresa nessas lojas aumentou significativamente após as alterações, comprovando a eficácia da nova abordagem comercial.
Além disso, as adaptações no layout das lojas revelaram-se essenciais para cativar o público-alvo. O número de manequins foi reduzido em favor de ‘mesas promocionais’, mais comuns em marcas de moda popular. Os produtos passaram a ser exibidos de forma mais acessível e as vitrines ganharam destaque com ofertas atrativas. Uma nova política de precificação também foi implementada, aproximando os preços dos produtos aos praticados por lojas populares, sem deixar de lado a moda atual.
Os executivos enfatizaram que a Marisa está preparada financeiramente para essas mudanças e para cumprir seus compromissos futuros. Quanto às dúvidas levantadas pela auditoria EY em relação a projeções de contingências, os diretores afirmaram ter obtido pareceres jurídicos adicionais que os confortam em relação a essas questões. O sucesso da estratégia de reposicionamento da marca para atender a moda popular tem sido evidente, reforçando o compromisso da Marisa em conquistar a preferência de seu público-alvo.
Fonte: @ Info Money
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