Na entrevista à CNN, a ministra do Meio Ambiente descreve proposta de Haddad como inovadora, financiada pelos super-ricos através de taxas globais, apoiando políticas ambientais e climáticas. Elaborada no Brasil, recursos federais transformados em financiamento para COP30, porpassando burocracia municipal do RS, dividindo benefícios.
Na liderança do G20 em 2024, o Brasil está focado em estabelecer uma taxação global que atinja os super-ricos, visando destinar parte dessa arrecadação para a promoção de ações ambientais contra as mudanças climáticas. Durante sua participação no programa CNN Entrevistas desta semana, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a importância da proposta e reconheceu a contribuição do colega da Fazenda, Fernando Haddad, na sua concepção. ‘É crucial agirmos de forma inovadora para lidar com os desafios ambientais que enfrentamos’, afirmou a ministra.
Além da iniciativa de taxação global, o governo brasileiro também está considerando a implementação de um imposto global ou tributo global para fortalecer a proteção do meio ambiente. A proposta visa garantir que recursos financeiros suficientes sejam direcionados para políticas ambientais eficazes, conforme ressaltou Marina Silva durante o programa. ‘É fundamental que adotemos medidas concretas para preservar o nosso planeta para as futuras gerações’, enfatizou a ministra em sua entrevista.
Marina Silva defende taxação global para financiar políticas ambientais
No entanto, Marina enfatizou a necessidade de investir recursos na recuperação da natureza e na preservação do que ainda resta. Ela ressaltou a importância de criar um novo órgão federal dedicado a operar um plano de prevenção de desastres, especialmente diante das recentes enchentes no RS.
A burocracia tem sido um obstáculo para os municípios do RS acessarem os recursos do governo federal, conforme apontam entidades locais. Marina destacou a urgência de superar essas barreiras para garantir que os recursos necessários cheguem onde são mais necessários.
Em uma entrevista gravada no mesmo dia em que se reuniram com o presidente Lula, Marina, Haddad, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, discutiram a agenda do Brasil à frente do G20 e da COP30. A ministra ressaltou a importância de avançar nas políticas ambientais e climáticas em fóruns internacionais.
O ministro Fernando Haddad está liderando as discussões no G20 sobre a taxação dos super-ricos, visando utilizar os recursos gerados para benefício de todos. Marina elogiou a proposta de uma taxação global, destacando a inovação do mecanismo que impediria a fuga de capitais para países sem essa tributação.
Em um artigo recente, Haddad e outros ministros estimaram que a taxação global poderia gerar uma receita significativa, equivalente aos prejuízos causados por eventos climáticos extremos. Esses recursos seriam fundamentais para financiar políticas ambientais e enfrentar desafios como as mudanças climáticas, como as enchentes no Rio Grande do Sul.
Marina Silva reforçou a importância de garantir que o dividendo gerado pela taxação global seja transformado em recursos financeiros benéficos para todos. Ela acredita que essa abordagem inovadora pode trazer benefícios não apenas para o Brasil, mas para todo o mundo.
Fonte: @ CNN Brasil
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