Programa investiu R$ 46 milhões na área endêmica, com ações de prevenção e diagnóstico, utilizando rede de informação e vigilância epidemiológica, o que contribuiu para a redução de notificações no sudoeste do estado, demonstrando modelo de sucesso com infraestrutura de saúde local.
A malária, uma das principais doenças infecciosas que afetam a saúde pública em todo o mundo, continua sendo um grande desafio, com mais de 249 milhões de pessoas infectadas a cada ano e mais de 608 mil mortes, conforme consta na Organização Mundial de Saúde (OMS). A região amazônica no Brasil é o local onde os casos se concentram, mas um programa de pesquisa e desenvolvimento está revolucionando a forma como a doença é abordada.
A malária é uma das doenças infecciosas mais perigosas, causando danos significativos à saúde pública em todo o mundo. De acordo com a OMS, mais de 608 mil pessoas morrem a cada ano em decorrência da infecção. No Brasil, a região amazônica é a mais afetada, mas ações inovadoras como o programa de controle da malária estão sendo realizadas para reduzir os casos.
Redefinindo a Luta contra a Malária: Um Modelo de Sucesso no Sudoeste do Pará
No âmago da região sudoeste do Pará, um projeto de inovação em saúde público enfrentou o desafio de erradicar a doença infecciosa conhecida como malária, cuja infecção é causada pela fêmea do mosquito Anopheles, além disso, a malária é uma doença infecciosa que pode causar uma variedade de sintomas, incluindo febre alta, tremores e dor de cabeça. Com um investimento de R$ 46 milhões, o Programa de Ação para Controle da Malária (PACM) foi desenvolvido pela Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em parceria com secretarias municipais e o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), visando combater a malária em seis municípios da região Norte do Brasil. O PACM foi o resultado de um esforço conjunto de infraestrutura de saúde, veículos, medicamentos e contratação de profissionais, que visava criar uma rede local de vigilância e tratamento, tornando-se um modelo de sucesso para outras áreas endêmicas.
Desde 2011, o PACM trabalhou incansavelmente para conquistar a redução nos casos de malária, registrando uma queda expressiva nos números de infecções em municípios como Altamira e Pacajá. Em Altamira, por exemplo, o número de casos caiu de 10.838 em 2011 para 875 em 2023, enquanto em Pacajá, o número de casos de malária caiu de 4.563 em 2011 para 58 em 2021, indicando a eficácia das ações preventivas. Contudo, a continuidade dos resultados depende de esforços contínuos e do suporte institucional.
O PACM deixou para a região uma rede de saúde estruturada para dar continuidade às ações de controle e de prevenção, um legado essencial para a sustentabilidade do projeto, como destacou Izis Mônica Sucupira, coordenadora do Monitoramento da Transmissão de Malária e Leishmanioses. Numerosos especialistas consideram as ações do PACM como uma base para o desenvolvimento de novas iniciativas de controle da malária em outros locais do Brasil.
A expansão das medidas de controle e prevenção da malária, adotadas pelo PACM, contribuiu para a melhoria da saúde pública da região, mostrando-se como uma estratégia eficaz para a redução da doença infecciosa. Conforme o Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (SIVEP), os números de casos de malária caíram significativamente, demonstrando a eficácia das ações preventivas e tratamento.
Em 2021, o programa foi mantido por meio de um termo de compromisso entre a Norte Energia e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e seus métodos são vistos como uma base para o desenvolvimento de novas iniciativas de controle da malária em outros locais do Brasil. A replicação do modelo em outras áreas endêmicas do país exige uma avaliação cuidadosa, considerando as particularidades de cada região, garantindo que as medidas adotadas sejam adequadas e eficazes na luta contra a malária.
A malária é uma doença infecciosa que pode causar uma variedade de sintomas, incluindo febre alta, tremores e dor de cabeça, em casos graves, pode levar à convulsão, alteração da consciência, hemorragia e evoluir para óbito. A expansão das medidas de controle e prevenção da malária, adotadas pelo PACM, contribuiu para a melhoria da saúde pública da região, mostrando-se como uma estratégia eficaz para a redução da doença infecciosa.
O PACM é um exemplo de como a cooperação entre instituições públicas e privadas pode levar a resultados significativos na luta contra a doença infecciosa. A estratégia de combate à malária, adotada pelo PACM, pode ser replicada em outras áreas do país, contribuindo para a melhoria da saúde pública e a redução da doença infecciosa.
Fonte: @ Veja Abril
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