Junta deExecução doG7 com Haddad, Tebet, Dweck e Costa para ajuste político e aumento da arrecadação, evitando recair em primeiro teste orçamentário.
A análise de despesas públicas, em discussão no seio da equipe econômica após o aumento da incerteza fiscal e a elevação do dólar, deve passar pelo seu primeiro teste político nesta semana. Já na segunda-feira de manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrará com os ministros que integram a Junta de Execução Orçamentária (JEO), e a previsão é de que o tema esteja em pauta para debate.
No segundo parágrafo, a revisão de despesas é crucial para a estabilidade econômica do país. É fundamental que o governo esteja atento aos detalhes e tome medidas eficazes para controlar os gastos públicos. A transparência e a responsabilidade na revisão de despesas são essenciais para garantir um futuro financeiro sólido para o Brasil.
Revisão de gastos: Lula solicita encontro do órgão orçamentário
O grupo composto por Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão) e Rui Costa (Casa Civil) está em destaque. Antes de sua viagem para a Itália, onde participou da reunião do G7, o grupo dos países mais ricos do mundo, Lula pediu a Costa que organizasse essa reunião crucial do órgão orçamentário. Durante a viagem, o presidente admitiu a possibilidade de revisão de despesas públicas, desde que o ajuste não afetasse os mais necessitados. ‘Tudo o que for considerado gasto desnecessário deve ser eliminado’, afirmou o líder.
Nas declarações anteriores, que impactaram o mercado financeiro com a alta do dólar em relação ao real, Lula defendeu o equilíbrio fiscal e o aumento da arrecadação como forma de controle de gastos, juntamente com a redução da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,5% ao ano. No entanto, a estratégia de aumento da arrecadação enfrenta resistência no Congresso após a rejeição da medida provisória que restringia o uso de créditos de Pis/Cofins por empresas e indústrias, representando uma derrota significativa para Haddad.
A incerteza paira sobre a continuidade da redução da Selic pelo Banco Central, diante da perspectiva de aumento da inflação e da valorização do câmbio. A expectativa para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC é de manutenção da Selic. A revisão de despesas emerge como uma necessidade, porém, sua implementação depende do aval de Lula e da disposição dos parlamentares, incluindo os do PT, para aprová-la no Congresso.
O cenário político, marcado pela eleição municipal, influencia as decisões do Executivo e do Legislativo, que evitam medidas impopulares antes do pleito. A possibilidade de um contingenciamento maior de gastos no próximo relatório bimestral de receitas e despesas, previsto para julho, é considerada para demonstrar compromisso com a meta fiscal de 2024, que busca alcançar um déficit zero.
Medidas como a publicação do decreto de meta de inflação contínua e a revisão de políticas públicas sem afetar benefícios atrelados ao salário mínimo são discutidas. Lula reforça a importância de preservar os pisos da educação e saúde, que são ajustados conforme a receita, evitando impactos negativos nos demais gastos públicos. A preocupação dos economistas é evitar um desequilíbrio nas contas públicas que comprometa o funcionamento do governo.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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