Lula estende até abril de 2025 a obrigatoriedade de visto para turistas dos EUA, Austrália e Canadá, baseado no princípio da reciprocidade.
O anúncio de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estendeu a dispensa de vistos para visitantes dos Estados Unidos, Austrália e Canadá até abril de 2025 é uma notícia bem-vinda para os viajantes internacionais. Com essa prorrogação, o governo demonstra seu compromisso em facilitar as viagens e fortalecer os laços com esses países. A medida, informada em uma edição adicional do Diário Oficial da União (DOU) de hoje, marca a terceira vez que a volta da exigência foi adiada.
Para os viajantes que desejam explorar o Brasil, essa decisão é especialmente significativa, pois elimina a preocupação com a obtenção de um documento de viagem que poderia impedir ou atrasar seus planos. A iniciativa do governo em estender a isenção de vistos também demonstra o reconhecimento da importância do turismo para a economia nacional. Com essa extensão, mais turistas internacionais terão a oportunidade de descobrir as belezas e diversidades do país. Isso certamente impulsionará o setor turístico e fortalecerá os laços entre as nações.
O governo Lula e a questão do visto de turistas
No governo Lula, a decisão de exigir o visto para turistas foi tomada com base no princípio da reciprocidade. Isso ocorreu em resposta à solicitação de vistos por parte dos Estados Unidos, Canadá e Austrália para os brasileiros. Inicialmente, cogitou-se incluir o Japão nessa lista, porém Tóquio optou por não impor vistos aos brasileiros em viagens de curta duração, de até 90 dias.
Em contrapartida, durante a gestão petista, houve a compreensão de que a eliminação da obrigatoriedade do documento de viagem não resultou no aumento do fluxo de viajantes provenientes desses países. Enquanto isso, em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro revogou a exigência de vistos para turistas dos EUA, Canadá, Austrália e Japão.
No cenário político, na Câmara dos Deputados, houve a ameaça de votação de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que contestava o decreto de Lula que reintroduziu a necessidade do visto para os turistas. Entretanto, a ação foi barrada após negociação da base governamental.
Impactos da obrigatoriedade do documento de viagem nos fluxos turísticos
A imposição do visto para turistas provenientes de certos países pode ter implicações significativas na movimentação de pessoas entre as nações. Enquanto a decisão do governo Lula visava equilibrar a reciprocidade nas exigências de visto, a gestão petista não observou um aumento expressivo no número de visitantes.
A redução de filas nos postos de imigração e a simplificação do processo de obtenção do visto pelo e-Visa para os turistas da Austrália, Canadá e EUA têm sido pontos relevantes nas discussões sobre as políticas de vistos. A promessa dos EUA de aumentar a concessão de vistos aos brasileiros em 2023 também tem potencial impacto nessa dinâmica.
Desafios e perspectivas no cenário das exigências de visto
O debate em torno da obrigatoriedade do documento de viagem para turistas reflete o constante tensionamento entre questões de segurança, reciprocidade e facilitação da mobilidade. Enquanto diferentes administrações adotam posturas diversas, o equilíbrio entre atrair visitantes e garantir o controle de fronteiras permanece como um desafio constante.
A questão dos vistos de turismo não se restringe apenas às decisões governamentais, mas também envolve aspectos econômicos, culturais e diplomáticos. A busca por soluções que conciliem interesses diversos, como a gestão eficiente de vistos e a promoção do turismo internacional, segue como uma pauta relevante em âmbito global.
Fonte: @ Metropoles
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