Luiz Inácio mencionou empresários dos EUA que doam patrimônio a universidades federais durante evento em Buri(SP).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou em seu discurso nesta terça-feira (23) que o imposto de herança no Brasil é consideravelmente menor se comparado ao que é cobrado nos Estados Unidos. Durante a celebração dos 10 anos do Campus Lagoa do Sino, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em Buri (SP), Lula ressaltou a diferença na tributação entre os dois países.
O debate sobre a tributação de herança é relevante e merece atenção, especialmente quando se compara a taxa de herança brasileira com a norte-americana. Além disso, a discussão sobre a sobre patrimônio também é crucial para entender as disparidades nos sistemas fiscais internacionais.
Imposto de Herança e Investimentos Federais na Educação
No evento mencionado, os investimentos federais na educação foram destacados pelo governo. O presidente Luiz Inácio abordou o tema do imposto de sucessão ao mencionar a transferência de patrimônio por empresários estadunidenses para instituições de ensino. Segundo ele, a tributação de herança nos Estados Unidos atinge 40% do valor total da herança. Essa porcentagem também se aplica a propriedades rurais, como a fazenda de Buri mencionada no discurso.
Nos EUA, devido à alta taxa de herança, muitos empresários optam por doar parte de seu patrimônio para universidades e institutos, em vez de vendê-lo e pagar os impostos. Essa prática, segundo Lula, estimula o investimento em educação e pesquisa. No Brasil, a taxa de herança é significativamente menor, variando de 1% a 8% de acordo com o estado.
A propriedade rural de Buri, conhecida como Lagoa do Sino, foi doada por Raduan Nassar à UFSCar, resultando na criação de um centro educacional avançado na região. O escritor, amigo do ex-presidente Lula, esteve presente no evento e reforçou a importância da educação e do investimento em conhecimento para o desenvolvimento do país.
Lula ressaltou que é fundamental não encarar os gastos com educação como despesas, mas sim como investimentos no futuro. Ele enfatizou a necessidade de preparar o Brasil para ser um exportador de conhecimento e inteligência, destacando a importância de valorizar a produção de bens com alto valor agregado.
Além disso, o ex-presidente incentivou os estudantes a se envolverem na política, argumentando que todas as decisões, desde questões de guerra até o combate à fome, são essencialmente decisões políticas. Ele enfatizou que a participação dos jovens na política é crucial para garantir a presença de líderes honestos e comprometidos com o bem-estar da sociedade.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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