Focusando na venda de produtos de alto valor agregado, vendedor direto investe em melhor experiência de consumidor. Lojas na UTI, reanimar lojas deficitárias, medidas de readequação. Megastore: diferenciada, cozinha experimental. (Exactly 150 characters)
Dentre as diversas lojas que compõem o Grupo Magazine Luiza (MGLU3) atualmente, cerca de 50 a 80 estão passando por dificuldades. Essas lojas não estão atingindo a lucratividade desejada e, por isso, estão sujeitas a encerrar suas atividades. Pode ser um estabelecimento com um grande volume de mercadorias em estoque ou cujo faturamento depende majoritariamente de vendas a prazo, o que aumenta os custos financeiros da empresa.
Além disso, algumas dessas unidades enfrentam desafios adicionais, como a concorrência acirrada de outras lojas no mesmo segmento de mercado. Isso torna ainda mais complexa a situação dessas lojas, que precisam encontrar estratégias inovadoras para se destacar e garantir sua sustentabilidade a longo prazo.
Readequação das Lojas: Estratégias para Revitalização
O estado de saúde dessas unidades pode ser grave, mas a companhia faz o possível para ‘reanimá-las’. Semanalmente, nós acompanhamos como essas lojas estão performando, vemos como é possível reduzir despesas e perdas, melhorar a eficiência das vendas, o giro dos estoques’, explicou Elcio Ito, CFO da Casas Bahia, em entrevista ao Por Dentro dos Resultados, do InfoMoney.
Desafios na Gestão das Unidades Deficitárias
Segundo o executivo, a movimentação da ‘UTI’ é dinâmica. Algumas lojas melhoram o desempenho e ‘recebem alta’. Outras, podem ser ‘internadas’ quando o desempenho está muito aquém do esperado. ‘Ninguém quer fechar loja, mas também não queremos crescer de forma negativa’, acrescenta.
A avaliação minuciosa faz parte da estratégia que a companhia adotou desde agosto do ano passado, com foco no varejo de produtos de maior valor agregado e enxugamento das operações, para se ajustar à sua estrutura de capital. Antes da reestruturação, a Casas Bahia tinha algo em torno de 1.100 lojas.
Medidas de Readequação e Expansão da Experiência do Consumidor
‘Em um primeiro diagnóstico, identificamos de 50 a 100 lojas deficitárias. Elas contribuíam com as receitas, mas eram detratoras do nosso resultado’, explica o executivo. Ao todo, 57 unidades foram fechadas em 2023. Também no ano passado, o grupo reduziu seu quadro de funcionários em 20%, cortando cerca de 8.600 posições – o número incluiu a dispensa de 42% dos cargos de liderança.
‘O plano de transformação não está encerrado. Pelo contrário, não chegou nem na metade’, afirma Ito. ‘As medidas mais duras de readequação ficaram para trás, pelo menos os movimentos mais pesados’.
Ao decidir ‘voltar ao básico’, a Casas Bahia deixou de lado a estratégia generalista para focar na venda de móveis e eletrodomésticos. ‘São os produtos de categoria core que queremos continuar fomentando e crescendo’, afirma o executivo. Foi por esse motivo que a Via retomou seu antigo nome, passando a ser novamente Casas Bahia.
E, enquanto mantém algumas lojas na UTI, revitaliza outras. Recentemente, a Casas Bahia transformou sua unidade em um shopping na Zona Leste da capital paulista em uma megaloja. O espaço agora tem 3,5 mil m² e se propõe a oferecer experiências diferenciadas aos clientes, como uma cozinha experimental.
‘Experiência do consumidor tem sido o nosso principal foco em investimentos’, explica Ito. Segundo ele, o plano é replicar o formato de megaloja em até 150 lojas no futuro. Itens menores, como bebidas, produtos de beleza e limpeza, incrementavam as receitas, mas traziam prejuízo. Agora é o marketplace da Casas Bahia, com estoques dos sellers e não da própria empresa, que comercializa essas mercadorias. ‘A gente deixou de ter a receita’.
Fonte: @ Info Money
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