Secretário de Estado dos EUA considera impraticável proposta de cessar-fogo e retirada completa das tropas israelenses da Faixa de Gaza.
As alterações solicitadas pelo Hamas em uma proposta de trégua dos Estados Unidos (EUA) ‘não são significativas’ e envolvem a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza, conforme informou um líder do Hamas à Reuters nesta quinta-feira (13).
No segundo parágrafo, o grupo reforçou sua posição em relação à retirada das tropas israelenses, destacando a importância desse ponto para a paz na região. O Hamas está determinado a garantir a segurança do povo palestino e a busca por soluções diplomáticas para o conflito em curso.
Proposta do Hamas para cessar-fogo e retirada de tropas israelenses
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, destacou que o Hamas apresentou uma série de propostas ao grupo mediador, algumas das quais foram consideradas inviáveis. No entanto, os mediadores estão empenhados em fechar as lacunas existentes. Enquanto isso, os EUA informaram que Israel teria aceitado a proposta, embora não tenha feito uma declaração pública a respeito.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, reiterou sua posição de que o país não encerrará sua campanha até que o Hamas seja eliminado. Por sua vez, um líder importante do Hamas revelou que a organização solicitou a libertação de uma lista de 100 palestinos que cumprem longas penas nas prisões israelenses.
De acordo com autoridades do Hamas, o documento israelense excluiu 100 prisioneiros com penas longas e restringiu as libertações apenas aos detentos com sentenças inferiores a 15 anos. O líder do Hamas afirmou que não houve emendas significativas que justificassem objeções por parte da liderança do grupo.
As demandas do Hamas abrangem a reconstrução de Gaza, o levantamento do bloqueio, a abertura das passagens de fronteira, a livre circulação de pessoas e o transporte de mercadorias sem restrições. Enquanto isso, negociadores dos EUA, Egito e Catar têm se dedicado nos últimos meses a mediar um cessar-fogo no conflito e a garantir a libertação dos reféns, estimados em mais de 100 indivíduos ainda em cativeiro em Gaza.
Com o objetivo de evitar uma escalada do conflito e uma possível ampliação da guerra no Oriente Médio, as principais potências intensificaram seus esforços para neutralizar a situação. Os combates em Gaza tiveram início em 7 de outubro, quando militantes liderados pelo Hamas penetraram na fronteira, resultando na morte de 1.200 israelenses e no sequestro de mais de 250 pessoas, conforme registros de Israel.
Desde então, os confrontos aéreos e terrestres já ceifaram a vida de mais de 37 mil palestinos, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, levando ao deslocamento da maioria dos 2,3 milhões de habitantes e à destruição de residências e infraestruturas na região.
Fonte: @ Agencia Brasil
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