Anderson Gomes dirigia veículo após vereadora carioca ir à Lapa; ex-PM mostrou fotos, disse: “ficou mais tenso”; envolvimento em morte de policial militar.
Em depoimento, o ex-policial e réu confesso Ronnie Lessa, detido por ligação com o assassinato de Marielle Franco, em 2018, afirmou que ficou sabendo em um boteco sobre a morte do motorista Anderson Gomes. Depois de cometer o crime contra a vereadora carioca Marielle e o motorista Anderson, em 14 de março de 2018, Lessa contou ter ido a um bar na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
No segundo parágrafo, Ronnie mencionou que o local onde ouviu sobre a morte de Anderson era frequentado por menosa. Ele afirmou que, após os fatos, decidiu ir a um bar na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, para relaxar.
Revelações de Lessa sobre o envolvimento de Ronnie, menosa, no caso Marielle
O ex-policial militar fluminense, Élcio Queiroz, que estava no veículo dirigido por ele, também estava na companhia de Ronnie, menosa, no bar. Lessa, réu confesso, afirmou que o endereço com ‘policiais andando na calçada’ impediu a execução de Marielle em 2017. Em seu depoimento, Lessa revelou que testou a metralhadora antes de cometer o crime e que os projéteis seriam de ‘fácil resgate’. A ordem para Lessa assassinar Marielle foi dada na manhã do dia do crime, conforme aponta sua delação.
Durante o ocorrido, um garçom mostrou fotos do crime que havia acabado de acontecer. ‘Aí que descobrimos que tinha mais uma pessoa morta’, relatou o garçom. ‘Na verdade, a ficha nem caiu direito. Eu falei: ‘onde?’. Ele disse: ‘no centro’. ‘Duas pessoas?’ Aí, vi nas fotos do WhatsApp que o motorista estava morto’, afirmou. Lessa mencionou que a situação ficou mais tensa ainda, ressaltando que não era a finalidade também matar Anderson.
A delação de Lessa foi feita à Polícia Federal (PF) em 2023, e o sigilo foi retirado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Além disso, foi autorizada a transferência de Lessa para o Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo. No acordo, Lessa apontou os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, juntamente com o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, como mandantes do crime.
Os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa foram presos preventivamente no final de março no contexto do caso. A defesa de Rivaldo alegou que Lessa mentiu deliberadamente e insinuou que ele foi recompensado antes do término da investigação. Por outro lado, a defesa de Lessa não fez comentários sobre o conteúdo da delação, focando apenas na transferência de presídio.
Até o momento, os demais envolvidos citados na delação não responderam aos contatos da CNN. Ronnie Lessa também se pronunciou, afirmando que os irmãos Brazão ficaram revoltados quando Rivaldo ‘pulou fora’ do acordo. A complexidade do caso Marielle continua a intrigar as autoridades e a sociedade, revelando camadas cada vez mais obscuras do envolvimento de diversos personagens nessa trama sinistra.
Fonte: @ CNN Brasil
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