Governo do Rio de Janeiro confirma causa das enchentes após amostras positivas no Lacen em Porto Alegre. Não é recomendado automedicação.
O governo de São Paulo confirmou nesta sexta-feira (24) mais casos de leptospirose no estado. As vítimas são um homem e uma mulher, de 45 e 60 anos, residentes de Campinas e São Paulo. O morador de Campinas faleceu no dia 22 de maio e a da capital no dia 20.
A leptospirose é uma doença grave transmitida por água contaminada, comumente associada a casos de inundações. Os sintomas da leptospirose incluem febre, dor de cabeça e dores musculares intensas. É importante buscar ajuda médica imediatamente ao suspeitar de contaminação. Confira a iniciativa inovadora do governo para impulsionar a saúde digital.
Prevenção e Cuidados com a Leptospirose
A confirmação da causa foi revelada após o resultado positivo das amostras pelo Lacen (Laboratório Central do Estado) em Porto Alegre, relacionando as outras duas mortes por leptospirose ao período de enchentes no estado, ocorridas em Venâncio Aires e Travesseiro. Dois homens, de 67 e 33 anos, foram as vítimas. Quatro mortes adicionais estão sob investigação, tendo ocorrido em Encantado, Sapucaia, Viamão e Tramandaí.
A leptospirose é uma das principais doenças que surgem em casos de inundações, transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados. É fundamental que a população busque atendimento médico ao apresentar os primeiros sintomas: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (especialmente na panturrilha) e calafrios. O contágio ocorre pelo contato da pele com a água contaminada ou por meio de mucosas.
Os sintomas geralmente aparecem de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo se estender até 30 dias. O tratamento, que envolve o uso de antibióticos, deve ser iniciado ao surgirem suspeitas por parte de profissionais de saúde. Para casos leves, o atendimento é ambulatorial, enquanto nos casos graves, a hospitalização é necessária para evitar complicações e reduzir a letalidade. A automedicação não é recomendada.
No Rio Grande do Sul, neste mês, já foram confirmados 54 casos da doença. A Secretaria de Saúde destaca a importância da limpeza do ambiente com água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) em áreas invadidas por água de chuva, seguindo a proporção de um copo de água sanitária para um balde com 20 litros de água. Outras medidas preventivas incluem manter os alimentos armazenados em recipientes fechados, manter a cozinha limpa sem resíduos de alimentos, retirar sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer, manter os terrenos limpos e evitar acúmulo de objetos nos quintais para prevenir a presença de roedores.
A exposição à luz solar também auxilia na eliminação da bactéria. Além da leptospirose, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde monitora outras doenças relacionadas às enchentes, como o tétano acidental (com um caso registrado), acidente antirrábico (83 casos) e acidentes com animais peçonhentos (27 casos).
Fonte: © Notícias ao Minuto
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