Ontem à noite, o conselho municipal aprovou venda contra 17 votos, com irregularidades investigadas. Estudos e audiências públicas realizadas, requisitos cumpridos. Populares mantiveram contrato. (143 caracteres)
A decisão da Justiça de São Paulo de suspender a votação da Câmara dos Vereadores que autorizou a adesão à privatização da Sabesp gerou repercussões por toda a cidade. A votação do projeto contou com 37 votos favoráveis e 17 contrários, em uma sinalização clara da divisão de opiniões sobre o assunto.
Embora a privatização da Sabesp tenha sido aprovada pela Câmara, a suspensão causou incertezas quanto aos próximos passos em direção à desestatização. A venda da companhia pode impactar diretamente a prestação de serviços de saneamento básico na região, tornando o tema ainda mais delicado para os habitantes da cidade.
Irregularidades na votação da desestatização da Sabesp
A proposta em questão autoriza a capital paulista a manter o contrato com a empresa de saneamento e distribuição de água após a privatização da Sabesp. Segundo dados da Agência Brasil, a decisão liminar da 4ª Vara de Fazenda Pública apontou a existência de irregularidades na votação, destacando que esta só deveria ter ocorrido após a realização de todas as audiências públicas necessárias, bem como dos estudos pertinentes.
Em comunicado à Agência, a presidência da Câmara Municipal anunciou a intenção de recorrer da decisão judicial, argumentando que todos os requisitos estipulados haviam sido cumpridos antes do início da votação. A sessão de votação, realizada na noite da última quinta-feira, foi palco de protestos por parte de movimentos populares contrários à venda da Sabesp.
Manutenção do contrato com capital é vital para privatização da Sabesp
A cidade de São Paulo representa uma fatia significativa do faturamento da companhia de saneamento, sendo essencial a manutenção do contrato com a capital para tornar a venda da empresa mais atrativa. A privatização da Sabesp é uma das principais bandeiras do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e conta com o apoio do prefeito da capital e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes.
O governador planeja concluir o processo de privatização ainda este ano, antes das eleições municipais. Em dezembro, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a desestatização da Sabesp pelo governo estadual. No entanto, tanto o Tribunal de Contas do Município de São Paulo quanto a oposição alertam para os riscos da privatização da empresa, como o aumento das tarifas, a redução dos investimentos e a possível queda na qualidade do atendimento à população.
Com base nas informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico, o cenário em torno da privatização, da Sabesp, segue desafiador, com debates acirrados e preocupações sendo levantadas em relação aos impactos que essa venda pode acarretar. Movimentos populares, audiências públicas e estudos administrativos são peças fundamentais nesse tabuleiro decisório, que busca balancear interesse público e privado em um setor crucial para a qualidade de vida da sociedade.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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