Em julho de 2012, o executor da advogada em Fortaleza foi condenado por homicídio pelo Tribunal do Júri após denúncia pública do Ministério Público.
Via @diariodonordeste | A vítima de um crime brutal foi uma advogada em Fortaleza, em julho de 2012, que teve seu executor condenado pela Justiça cearense na última sexta-feira (9) a mais de 20 anos de prisão. O homicídio foi encomendado por uma escrivã da Polícia Civil. Após a investigação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), Carlos Cley Rebouças Rocha foi sentenciado a 21 anos e 4 meses de reclusão, em regime inicial fechado.
O caso chocou a comunidade jurídica local, pois a perda de uma advogada é uma tragédia que abala a confiança na segurança da advocacia. O desfecho do julgamento trouxe um certo alívio, mas o trabalho dos advogados e juristas continua fundamental para garantir a justiça e a proteção dos direitos dos cidadãos.
Advogada Maria Danielle Ximenes: Vítima de Crime Brutal
No desenrolar do julgamento na 1ª Vara do Júri, a advogada Maria Danielle Ximenes foi o centro de uma trama sinistra. O promotor de Justiça Marcus Renan Palácio foi incisivo em suas acusações, sustentando que a advogada foi vítima de um homicídio cruel. O Tribunal do Júri, após cuidadosa deliberação, acatou as teses apresentadas pelo Ministério Público do Ceará e condenou o réu por homicídio, considerando duas qualificadoras: motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O fatídico evento ocorreu em 22 de julho de 2012, no bairro Cidade dos Funcionários. A advogada, envolvida em uma disputa judicial de partilha de bens, via-se em conflito com a escrivã Regina Lúcia de Amorim Gomes. Esta última acreditava que Maria Danielle Ximenes estava obstruindo o processo ao representar a outra parte. A situação atingiu um ponto crítico quando a advogada foi brutalmente assassinada dentro de seu próprio escritório, vítima de tiros disparados por Carlos Cley, um indivíduo com antecedentes criminais por homicídio.
Tanto Carlos Cley quanto Regina Lúcia de Amorim Gomes foram denunciados pelo Ministério Público no mesmo ano do ocorrido. O desfecho judicial não tardou a chegar para a mandante do crime, Regina Lúcia, que foi julgada e condenada a 16 anos de reclusão em dezembro de 2023. Devido à sua idade avançada e problemas de saúde, ela cumpre pena em prisão domiciliar, monitorada por uma tornozeleira eletrônica.
Por outro lado, Carlos Cley viu sua sentença ser executada de imediato, uma vez que ultrapassou os 15 anos de reclusão. O promotor Marcus Renan destacou que o crime não afetou apenas a esfera individual, mas também teve repercussões negativas para a instituição da Justiça, uma vez que foi perpetrado contra uma advogada no exercício de sua atividade profissional. A justiça foi feita, mas as marcas desse trágico evento ecoarão por muito tempo.
Fonte: @diariodonordeste
Fonte: © Direto News
Comentários sobre este artigo