Três denúncias aceitas: guardas, civis metropolitanos e comerciantes na região, comércio ilegal de armas. Primeiro Comando da Capital, Favela do Moinho.
A Justiça de São Paulo acatou as acusações feitas pelo Ministério Público do Estado com base nas apurações da Operação Salus et Dignitas (Segurança e Dignidade). Foram aceitas três denúncias. A primeira está relacionada a guardas civis metropolitanos acusados de integrar uma milícia para extorquir comerciantes na área da Cracolândia.
A segunda denúncia envolve uma organização criminosa que atua na região da Cracolândia, visando o tráfico de drogas e outras atividades ilícitas. A Justiça está atenta a essas práticas e busca garantir a segurança e a dignidade dos cidadãos afetados por essas ações ilegais.
Operações do Primeiro Comando da Capital na Favela do Moinho
A segunda aborda o comércio ilegal de armas na região central de São Paulo e menciona os guardas metropolitanos. A terceira etapa revela as atividades do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Favela do Moinho, que, de acordo com os promotores, se tornou o quartel-general de toda a ‘estrutura criminosa’ da facção na Cracolândia. O juiz Leonardo Valente Barreiros, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem da Capital, concluiu que existem elementos suficientes para iniciar os processos criminais.
Os elementos apresentados na denúncia comprovam a materialidade do crime e indícios que apontam para a autoria, o que justifica o início da ação penal, afirmou o juiz. A terceira denúncia foi desmembrada e registrada como um processo autônomo. As ações serão conduzidas separadamente para facilitar a coleta de provas adicionais durante a fase de instrução e para o julgamento ao final do processo. No total, 19 réus (confira a lista abaixo) serão acusados de tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro, organização criminosa, comércio ilegal de armas, concussão e violação de comunicação.
Na mesma decisão, o juiz decretou a prisão preventiva de Alberto Monteiro Moja e Jefferson Francisco Moja Teixeira. Eles são irmãos de Leonardo Monteiro Moja, conhecido como Leo do Moinho, apontado como líder do tráfico de drogas nos hotéis da região central de São Paulo e ‘dono’ da Favela do Moinho. A prisão preventiva foi considerada necessária para preservar a ordem pública e impedir a continuidade das atividades criminosas (comunicação entre os membros da organização criminosa), além de garantir a condução do processo criminal, inclusive com depoimentos de testemunhas protegidas.
O juiz também rejeitou o pedido de revogação da prisão preventiva dos guardas Valdecy Messias de Souza, apontado como responsável pela venda de dispositivos que permitiam ao PCC acessar as comunicações dos rádios transmissores da Polícia Militar, e Elisson de Assis, suspeito de envolvimento com a suposta milícia. ‘As acusações contra ambos os denunciados são graves, justificando a manutenção da prisão preventiva para preservar a ordem pública, enquanto questões relacionadas ao mérito serão discutidas no momento oportuno’, afirmou a decisão.
Confira a lista completa de réus:
– Elisson de Assis
– Tiago Moreira da Silva
– Antonio Carlos Amorim Oliveira
– Renata Oliva de Freitas Scorsafava
– Rubens Alexandre Bezerra
– Edno Sousa da Silva
– Elias Silvestre da Silva
– Ednaldo de Almeida Passos
– Odair José Gonçalves Rodrigues
– Leonardo Monteiro Moja
– Raquel Maria Faustina Monteiro Moja
– Jefferson Francisco Moja Teixeira
– Alberto Monteiro Moja
– Ivan Rodrigues Ferreira
– Janaína da Conceição Cerqueira Xavier
– Valdecy Messias de Souza
– Paulo Márcio Teixeira
– Ingrid de Freitas
– Wellington Tavares Pereira
– Alfredo da Silva Bertelli Prado
Fonte: © Notícias ao Minuto
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