Seis condenados por tráfico internacional e associação criminosa. Lideranças presas em operação. Mulher intermediava esquema no aeroporto.
A Justiça Federal condenou as lideranças envolvidas no esquema de contrabando internacional de mercadorias que resultou na detenção das brasileiras Joana Paollini e Kátia Baía por engano na Espanha devido a uma confusão nos documentos de viagem, em junho de 2024. Cinco indivíduos foram sentenciados por contrabando e formação de quadrilha.
Os chefes do grupo foram identificados como os responsáveis pelo planejamento e execução do esquema ilegal, que resultou na prisão das vítimas. A investigação revelou que o comando da organização criminosa atuava há anos no tráfico de mercadorias, utilizando rotas clandestinas para burlar as autoridades locais. A sentença exemplar foi considerada um marco na luta contra o crime organizado.
Desmantelamento de quadrilha revela conexões entre chefes e traficantes
Cinco indivíduos foram identificados como lideranças da quadrilha, juntamente com uma mulher que desempenhava o papel de ponte entre os funcionários do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e os traficantes. Esta rede criminosa foi desbaratada pela Polícia Federal em julho do ano passado, durante a Operação Efeito Colateral. As prisões preventivas desses indivíduos foram mantidas, evidenciando a gravidade dos crimes cometidos.
O juiz Márcio Augusto de Melo Matos, da 6ª Vara Federal de Guarulhos, afirmou que a materialidade para o tráfico foi devidamente confirmada, ressaltando a importância da atuação das autoridades no combate a esse tipo de crime. Entre os condenados, destacam-se os seguintes indivíduos e suas respectivas penas:
– Gleison Rodrigues dos Santos, conhecido como Vovô, recebeu uma sentença de 39 anos, 8 meses e 10 dias em regime inicial fechado;
– Fernando Reis de Araújo, apelidado de Brutus, foi condenado a 26 anos, 3 meses e 23 dias em regime inicial fechado;
– Matheus Luiz Melo da Silva, também conhecido como Man, teve uma pena de 8 anos e 2 meses em regime semiaberto;
– Eubert Costa Ferreira Nunes, o Bahia, foi sentenciado a 8 anos e 2 meses em regime semiaberto;
– Charles Couto Santos foi condenado a 7 anos em regime semiaberto;
– Carolina Helena Pennacchiotti recebeu uma pena de 16 anos e 4 meses em regime inicial fechado.
Após a prisão equivocada de brasileiras na Alemanha, a Polícia Federal descobriu pelo menos dois outros casos de envio de cocaína para a Europa, utilizando o mesmo esquema de troca de etiquetas de bagagens. Segundo a denúncia, o grupo enviou um total de 86 quilos da droga para os aeroportos de Lisboa, em Portugal, em outubro de 2022, e Paris, na França, em março de 2023. A atuação das lideranças nesse esquema criminoso revela a complexidade e a gravidade do tráfico internacional de drogas.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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