Pessoas acusam empresa de vender talco contaminado com amianto, causando câncer de ovário e mesotelioma. Processos civis judiciais: reclamações de cânceres, acusações, acordos preliminares. Promotores de ações litígiosas. Amianto: causa de mesotelioma, câncer de ovário. Empresa: processos, acordos.
A Johnson & Johnson revelou, nesta quinta-feira (2), um plano para encerrar os processos relacionados à suposta carcinogênese do talco da empresa. A multinacional farmacêutica afirmou estar disposta a desembolsar até US$ 6,5 bilhões (R$ 33,22 bilhões, em conversão direta) como forma de encerrar a questão judicial sobre o assunto do talco.
Essa decisão da Johnson & Johnson surge em meio a um cenário de litígios judiciais e reclamações em relação aos alegados riscos à saúde associados ao talco. Os acordos propostos são uma tentativa da empresa de resolver as ações judiciais pendentes e as acusações sobre a segurança de seus produtos, demonstrando uma postura proativa diante das reclamações dos consumidores.
Processos judiciais relacionados à suposta carcinogênese do talco da Johnson & Johnson
No desfecho de uma estratégia de acordo consensual, Erik Haas, vice-presidente de assuntos jurídicos da J&J, destacou a conclusão do plano: ‘Esse acordo representa o culminar de nossa estratégia iniciada em outubro.’ Desde então, a empresa tem direcionado seus esforços para resolver as ações judiciais em andamento. A questão em foco são as reclamações sobre a possível relação entre o talco da Johnson & Johnson e casos de câncer de ovário e mesotelioma.
Valor acordado e abrangência das reclamações
O valor estipulado para o acordo, a ser pago ao longo de 25 anos, abrange casos de cânceres ovarianos relacionados ao produto. É preciso ressaltar que outras reclamações estão associadas ao mesotelioma, também conhecido como ‘câncer do amianto’. A J&J, por sua vez, tem mantido sua posição negando as acusações, apesar de ter retirado o talco das prateleiras nos Estados Unidos.
Ações judiciais e posicionamento da Johnson & Johnson
Erik Haas expressou descontentamento com o cenário jurídico, apontando as ‘distorções científicas’ e criticando decisões extremas obtidas pelos demandantes. As ações judiciais, segundo o vice-presidente, refletem um impacto sem precedentes envolvendo empresas norte-americanas. No entanto, um estudo recente, envolvendo um amplo grupo de mulheres nos EUA, não encontrou correlações estatísticas entre o uso de talco e o risco de câncer de ovário.
Origem das acusações e acordo preliminar proposto
As polêmicas acerca do talco da Johnson & Johnson remontam aos anos 1970, quando surgiram receios sobre a presença de amianto no produto. Esse mineral é frequentemente encontrado junto aos componentes do talco. A empresa, em abril de 2023, propôs um acordo de US$ 8,9 bilhões para resolver as ações judiciais. Embora 60 mil reclamantes tenham aceitado, o acordo foi rejeitado por um juiz de falências.
Por fim, cabe ressaltar que em janeiro deste ano, a Johnson & Johnson anunciou um acordo preliminar com promotores de 43 estados dos EUA. Essa iniciativa busca encerrar diversas ações legais relacionadas ao talco que estão em curso. A complexidade e a sensibilidade envolvendo esses processos exigem um esforço conjunto para encontrar soluções que atendam às demandas das partes envolvidas.
Fonte: @Olhar Digital
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