Dono da SAF do Botafogo acusou, sem provas, atletas de dois times; relatório em site revela manipulação em jogos de futebol brasileiro.
O fiscal Mauro Marcelo de Lima e Silva, do STJD, solicitou hoje que o proprietário da SAF do Botafogo, John Textor, seja afastado por seis anos e receba uma multa de R$ 2 milhões pelas declarações sobre manipulação no futebol brasileiro.
Em suas considerações, o auditor destacou a gravidade das acusações feitas por John Textor, ressaltando a importância de preservar a integridade do esporte. Além disso, Mauro Marcelo de Lima e Silva enfatizou a necessidade de punições rigorosas para coibir práticas prejudiciais ao futebol, como as mencionadas por Textor.
Textor: Relatório de Manipulação no Futebol Brasileiro
No relatório recentemente divulgado em um site oficial, os nomes de jogadores e árbitros acusados pelo empresário americano John Textor estão ocultos, mas é possível visualizá-los com a simples ação de copiar e colar o texto. O relator do STJD sugere a aplicação de seis anos de suspensão a John Textor, que em abril fez alegações sem apresentar provas concretas. Ele afirmou que cinco jogadores do São Paulo estiveram envolvidos em uma manipulação de resultado, onde o time sofreu uma goleada de 5 a 0 para o Palmeiras no Brasileirão de 2023.
Além disso, Textor mencionou que quatro jogadores do Fortaleza ultrapassaram os limites estabelecidos, resultando em evidências claras e convincentes de manipulação em uma derrota para o Verdão em 2022. O documento do STJD revela os nomes dos atletas envolvidos. No confronto entre Palmeiras e Fortaleza pelo Brasileirão de 2022, o clube paulista entrou em campo já com o título garantido.
De acordo com o relatório encomendado por Textor, quatro jogadores do Fortaleza excederam os limites estabelecidos, resultando em evidências claras e convincentes de manipulação de jogos. Os jogadores do Fortaleza acusados sem provas por John Textor incluem Juninho Capixaba (atualmente no Red Bull Bragantino), Tinga, Marcelo Benevenuto (atualmente no Coritiba) e Fernando Miguel (atualmente no Ceará). O Fortaleza, ao ser questionado pelo ge, afirmou que não recebeu notificação e optou por não se pronunciar.
No embate entre Palmeiras e São Paulo pelo Brasileirão de 2023, a equipe tricolor já tinha sua vaga garantida na Libertadores 2024 devido ao título da Copa do Brasil, enquanto o Verdão lutava pelo título brasileiro, com o Botafogo liderando naquela época. Textor alegou que cinco jogadores do São Paulo excederam os limites estabelecidos. Os jogadores do São Paulo acusados sem provas por Textor são Diego Costa, Rafinha, Gabriel Neves (atualmente no Independiente), Beraldo (atualmente no PSG) e Caio Paulista (atualmente no Palmeiras). O São Paulo, ao ser procurado pelo ge, optou por não se manifestar.
As acusações de manipulação feitas por Textor aos jogadores de Fortaleza e São Paulo foram fundamentadas em relatórios gerados por inteligência artificial. O STJD afirmou recentemente que John Charles Textor contratou os serviços da empresa ‘Good Game’ com o intuito de fabricar supostas provas sobre falsas manipulações de partidas, prejudicando injustamente os direitos das pessoas e entidades acusadas por ele. Árbitros e clubes também foram mencionados no documento como ‘vítimas’, incluindo nomes como Raphael Claus, Ramon Abatti Abel, Rodrigo José Pereira de Lima, Rafael Rodrigo Klein, Rafael Traci, Wagner do Nascimento Magalhães e Sávio Pereira Sampaio. Os clubes citados foram Palmeiras, Grêmio, Bahia, Flamengo, Atlético-MG, São Paulo e Fortaleza.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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