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As tropas israelenses fizeram novas investidas em Gaza nesta quarta-feira (24), momentos antes de o premier Benjamin Netanyahu fazer um pronunciamento no Congresso dos Estados Unidos. Os bombardeios mais recentes de Israel devastaram residências em localidades ao leste de Khan Younis, no Sul de Gaza, levando milhares de habitantes a se deslocarem para o Oeste em busca de segurança, conforme relatos de moradores locais.
Enquanto isso, a situação humanitária na Faixa de Gaza continua crítica, com a população enfrentando escassez de recursos básicos e infraestrutura precária. A comunidade internacional precisa redobrar os esforços para garantir a assistência necessária aos habitantes de Gaza, que sofrem as consequências diretas dos conflitos na região. A solidariedade global é fundamental para mitigar o sofrimento do povo de Gaza e promover a paz duradoura na região.
Gaza: Situação Humanitária Precária na Faixa de Gaza
O Serviço de Emergência Civil Palestino relatou ter sido inundado por pedidos de socorro de residentes encurralados em suas residências em Bani Suhaila, localizada a leste de Khan Younis, na Faixa de Gaza. No entanto, a equipe de resgate enfrentou dificuldades para chegar ao local devido à intensificação dos conflitos na região.
As Forças Armadas de Israel, em uma tentativa de neutralizar o grupo militante islâmico Hamas após o ataque ocorrido em 7 de outubro contra Israel, afirmaram estar conduzindo operações em áreas estratégicas, onde os combatentes lançam foguetes em direção a Israel e atacam as tropas israelenses. Autoridades de saúde em Gaza informaram que os ataques militares israelenses resultaram na morte de pelo menos 55 indivíduos nas últimas 24 horas.
Essas trágicas mortes se somam a um cenário de guerra que, de acordo com as autoridades de saúde do enclave, já ceifou a vida de mais de 39 mil palestinos. ‘Para onde podemos ir agora? Deveríamos tentar chegar ao mar?’ questionou Ghada, que foi deslocada com sua família seis vezes durante os conflitos, no noroeste de Khan Younis. ‘Estamos exaustos, famintos e desejamos que a guerra termine imediatamente, não daqui a uma hora. Cada dia que passa resulta na eliminação de mais famílias’, desabafou ela em uma mensagem enviada à Reuters.
Moradores locais receberam instruções para se dirigirem a oeste, em direção a uma área humanitária designada, porém, a segurança nessa região agora está comprometida. Além disso, as forças israelenses realizaram ataques aéreos em diversas localidades no Centro e Norte da Faixa de Gaza, resultando em mortes e ferimentos entre os palestinos, conforme relatado por autoridades de saúde.
Os residentes de Rafah, próxima à fronteira com o Egito, testemunharam a destruição de várias residências por parte das forças israelenses. O grupo militante Hamas, liderando os combatentes, desencadeou os conflitos em 7 de outubro, invadindo o Sul de Israel e causando a morte de 1,2 mil indivíduos, além de capturar 250 pessoas, de acordo com registros israelenses.
Críticas aos Estados Unidos surgiram entre alguns palestinos reunidos em um hospital em Khan Younis antes dos funerais, em relação ao apoio dos EUA a Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está programado para discursar no Congresso e se encontrar com o presidente Joe Biden na Casa Branca. O candidato à Presidência, Donald Trump, planeja um encontro com Netanyahu na Flórida.
‘Os Estados Unidos são o principal responsável pelo que está ocorrendo em Gaza. Estamos sendo vítimas devido aos Estados Unidos. Somos alvos de aviões, navios, tanques e tropas americanas’, lamentou Kazem Abu Taha, um morador deslocado de Rafah. Sami Abu Zuhri, uma autoridade sênior do Hamas, criticou o convite do Congresso a Netanyahu, considerando-o uma legitimação dos crimes de guerra em Gaza.
A situação na Faixa de Gaza continua crítica, com a população civil sofrendo as consequências devastadoras dos conflitos em curso. As autoridades de saúde alertam para a urgência de uma intervenção humanitária para evitar mais perdas de vidas e sofrimento na região.
Fonte: @ Agencia Brasil
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