Papéis prefixados mantêm patamares similares à sessão anterior, com retorno e taxa muito semelhantes.
Os Tesouros Diretos estão em destaque nesta terça-feira (28), em relação ao fechamento anterior. Os vencimentos em 2045 e 2055 garantem 6,12% ao ano de retorno real. Na última segunda-feira, ofereciam 6,11% e 6,10%, respectivamente. Os Tesouros Diretos prefixados mantiveram níveis parecidos com a sessão anterior. Por volta das 11h, os títulos com prazo em 2027 e 2031 pagavam 11,15% e 11,83%.
Investir em Tesouro Direto pode ser uma excelente opção para quem pensa no longo prazo. Os Tesouros Diretos oferecem segurança e rentabilidade para quem busca uma aplicação financeira consistente. Além disso, diversificar os investimentos em diferentes papéis do Tesouro Direto pode ser uma estratégia inteligente para construir um portfólio sólido ao longo do tempo.
Tesouro Direto: uma opção de investimento de longo prazo
Na última sexta-feira, os títulos públicos encerraram o dia com taxas de 11,14% e 11,80%, mostrando movimentações significativas no mercado. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) às segundas-feiras, trouxe informações importantes, como a alta na previsão da inflação para este ano, que passou de 3,80% para 3,86%, seguindo uma tendência das últimas semanas. As projeções para os próximos anos também foram ajustadas.
No cenário atual, a mediana das expectativas para a Selic deste ano se manteve em 10,0%, após ter subido nas semanas anteriores. Já a projeção para o final de 2024 permanece em 10,0%. No Termômetro do Copom do Valor Investe, a maioria dos negociantes acredita que a Selic será mantida em 10,50% na próxima reunião.
Os analistas têm sido mais cautelosos na recomendação dos papéis de longo prazo, devido aos potenciais ‘riscos’ em um cenário monetário e fiscal incerto. Apesar de fazerem parte da renda fixa, os títulos do Tesouro Direto oferecem segurança aos investidores. A questão em discussão é se é vantajoso manter um investimento de longo prazo com taxas muito semelhantes às de curto prazo.
Por exemplo, um papel com vencimento em 2055 pagando 6,12% apresenta uma diferença mínima em relação ao título mais curto, com prazo para 2029. O Santander, em seu relatório de renda fixa, sugere a alocação no Tesouro IPCA+ 2035, que se encontra em uma posição intermediária. Segundo o banco, esse título oferece proteção contra a inflação em um cenário de aumento do risco e valorização do dólar.
É importante ressaltar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. Ou seja, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa. Quando as taxas aumentam, embora representem uma oportunidade de rentabilidade maior para os investidores, o valor de mercado dos papéis tende a diminuir, resultando em perdas temporárias para quem os possui em carteira. O Tesouro Direto, com sua diversidade de opções, continua sendo uma alternativa atraente para investidores que buscam retornos consistentes no longo prazo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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