Qual ação do maior banco da América Latina é mais promissora para incrementar os ganhos neste momento, considerando o valor de mercado?
Agora que Nubank e Itaú voltaram a estar no mesmo patamar de valor de mercado, é natural que investidores passem a tratá-los como iguais. Para quem busca investimento seguro e rentável, essa equiparação pode representar uma oportunidade única.
Além disso, com a crescente variedade de opções de aplicações financeiras disponíveis, é fundamental analisar cuidadosamente onde investir seu dinheiro. Diversificar o aporte em diferentes tipos de investimentos pode ser uma estratégia inteligente para garantir maior segurança e rentabilidade a longo prazo.
Investimento em Ações: Nubank vs. Itaú
Sob o peso de ter o título de ‘maior banco da América Latina’ em jogo, a disputa parece mais acirrada e tão logo começam as comparações: qual das duas ações é a mais promissora para incrementar os ganhos neste momento?
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Embora pertençam ao mesmo setor, as ações de Nubank e Itaú não são comparáveis, segundo os especialistas ouvidos pelo Valor Investe. Esta conclusão parte de um princípio básico: as teses de investimentos para os dois bancos são diferentes. Isto é, se o investidor precisa optar por um ou outro, deve levar em conta seus objetivos e entender as estratégias para cada papel. É como ter de escolher entre pedir um prato de massa ou um copo de suco. Não são opções mutuamente excludentes, mas atendem a desejos distintos.
Apesar de pertencerem ao segmento bancário, as ações de Nubank e Itaú são investimentos de naturezas diferentes. Montar posição no papel do Nubank faz sentido dentro de uma estratégia de growth investing [ações de empresas ainda com crescimento acelerado]. Inclusive, em função desse acelerado crescimento, o banco digital negocia a múltiplos bastante elevados. Por outro lado, o Itaú é uma tese de value investing e negocia a múltiplos abaixo da sua média histórica, explica Milton Rabelo, analista da VG Research.
O growth investing (investimento em crescimento, numa tradução livre) é a estratégia focada em empresas com potencial de crescimento, bem acima da média do mercado. Não apenas startups fazem parte desse grupo, mas todas as companhias que têm um modelo de negócio com algo de inovador, o que permite entender que o caminho para elas avançarem é mais ‘desobstruído’, porque atende a uma demanda pouco explorada. Assim, o mercado está disposto a pagar hoje por esta empresa o que acredita que ela pode valer no futuro. Já o value investing (investimento em valor) é quase o oposto: está focado no valor presente. A ideia é encontrar ações valiosas na bolsa que estão com preços descontados, seja em relação aos seus pares, à média histórica ou à quanto a empresa vale considerados seus ativos. É a filosofia consagrada por Warren Buffett, que defende a análise fundamentalista para sustentar investimentos de longo prazo.
No correr dos anos, os ganhos podem vir de dividendos e da correção de valor do papel até o seu preço-justo. Por isso, a decisão de investir na ação do Nubank ou na do Itaú depende do objetivo do investidor. Mas as estratégias podem ser combinadas, uma vez que esses papéis vão se comportar de formas bem distintas. Mesmo assim, o mercado tem seu favorito. O favorito A maior parte das casas de análises prefere o Itaú, escolha, por exemplo, da XP e da Empiricus Research entre as ações do setor bancário. E o cenário macroeconômico é em parte culpado por isso. Em um ambiente de incertezas e juros elevados – portanto, menos afeito ao risco – as empresas de crescimento
Fonte: @ Valor Invest Globo
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