Dados apontam crescimento de 53% em mortes envolvendo agentes de folga em 2023, segundo guardas municipais atuantes.
As intervenções policiais e as guardas municipais atuantes no estado de São Paulo resultaram em 374 óbitos no 1º semestre de 2024, de acordo com informações compiladas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). Esse número representa um aumento de 135 mortes em relação aos primeiros seis meses do ano anterior, ou seja, um acréscimo de aproximadamente 53% em comparação ao mesmo período de 2023. As intervenções policiais têm sido objeto de debates e questionamentos sobre a segurança pública e os direitos humanos.
Em meio a esse cenário, é fundamental analisar a necessidade de revisão das estratégias de operações policiais para garantir a preservação da vida e a segurança da população. É essencial que as intervenções policiais sejam realizadas de forma responsável e transparente, visando a proteção dos cidadãos e o respeito aos direitos fundamentais. A sociedade civil e as autoridades competentes devem trabalhar em conjunto para promover uma atuação policial eficaz e que contribua efetivamente para a redução da violência e criminalidade.
Operações Policiais: Dados Atuais e Tendências Crescentes
Em um período de aproximadamente 180 dias, as ocorrências que envolvem intervenção policial, incluindo a atuação das guardas municipais em São Paulo, totalizam uma média de dois óbitos diários. Esses números alarmantes refletem um cenário de crescente violência e confronto nas ruas.
É notável o aumento nos casos de intervenção policial durante o serviço, com um salto significativo de 179 registros para 318. Por outro lado, os crimes envolvendo agentes de folga apresentaram uma leve redução, passando de 60 para 56, no período entre 2023 e 2024.
A Polícia Militar se destaca como a instituição com o maior número de mortes registradas em ocorrências em que atuou. De janeiro a junho deste ano, a corporação foi responsável por 344 óbitos, representando um crescimento de 13,95% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizadas 296 mortes. Esses dados incluem casos da Operação Verão, realizada na Baixada Santista.
Por outro lado, os números relacionados à Polícia Civil mostram uma queda de 33% em 2024. Enquanto em 2023 foram registradas 21 mortes, nos primeiros meses deste ano foram contabilizadas 14 mortes. A proporção de mortes causadas por policiais civis de folga também apresentou uma leve redução. Em 2024, os agentes de folga representam 28% das mortes em intervenções da corporação, contra 31% no primeiro semestre de 2023.
As guardas civis das cidades paulistas mantiveram uma estabilidade no número de óbitos em suas ações. Entre os anos de 2023 e 2024, foram registradas 11 mortes. Esses dados refletem a importância de medidas preventivas e de segurança adotadas por essas instituições.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) reforça seu compromisso com o treinamento contínuo do efetivo das forças de segurança e com a aquisição de equipamentos menos letais. É ressaltado que os casos de Morte Decorrente de Intervenção Policial (MDIP) são resultado da reação violenta dos criminosos às ações das forças de segurança, sendo todos os casos rigorosamente investigados pelas polícias Civil e Militar, com o acompanhamento das corregedorias, do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Além disso, é destacado o suporte psicológico oferecido aos agentes das polícias Civil e Militar. A transparência e a responsabilidade são pilares fundamentais no processo de investigação e prevenção de mortes em intervenções policiais.
A preocupação com a segurança pública é um tema que envolve diversos órgãos e instituições, como a Guarda Civil Metropolitana (GCM), o Ministério Público de São Paulo (MPSP), a Polícia Militar (PM) e a Polícia Civil. É essencial o compartilhamento de informações e a busca por soluções eficazes para garantir a proteção da sociedade e dos agentes de segurança envolvidos nessas operações.
Fonte: @ CNN Brasil
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