Eduardo Almeida, biólogo da USP, destaca que poucos insetos são perigosos, e medo e nojo são culturais.
‘Mundo pertence aos insetos, nós somos minoria’: especialista promove harmonia entre espécies e humanos Foto: Getty Images Os insetos são os seres mais numerosos do planeta Terra, com mais de um milhão de espécies catalogadas e identificadas por especialistas. No entanto, o que leva as pessoas a temerem certas criaturas, como formigas e besouros, ou a sentirem repulsa, no caso de aranhas e borboletas?
Os pequenos seres rastejantes desempenham papéis essenciais no ecossistema, contribuindo para a polinização das plantas e o equilíbrio da cadeia alimentar. É fundamental compreender a importância desses animais minúsculos para a manutenção da vida na Terra. A convivência harmoniosa com os insetos é essencial para a preservação da biodiversidade e o bem-estar de todos os seres vivos no nosso planeta.
Insetos: Criaturas Pequenas e Rastejantes que Povoam o Mundo
Receba as principais notícias diretamente no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra. Segundo o biólogo Eduardo Almeida, professor da Universidade de São Paulo (USP), a razão para o temor em relação aos insetos é histórica e cultural. Apesar da vasta diversidade de insetos, apenas algumas espécies oferecem riscos aos seres humanos, como explicou ao Jornal da USP.
Burro é encontrado liderando grupo de veados cinco anos após desaparecer; veja. ‘O fogo chegou antes da hora. É aterrorizante’: a batalha para combater incêndios no Pantanal. Conheça Albert, o camelo resgatado de uma fazenda leiteira que adora invadir a casa de seu ‘tutor’; assista ao vídeo. Almeida classifica os insetos que podem causar danos às pessoas em duas categorias: aqueles com ferrões venenosos e os que podem transmitir doenças.
Sobre o primeiro grupo, ele destaca que os ferrões são utilizados como mecanismo de defesa dos animais quando se sentem ameaçados, como no caso de formigas e abelhas. Os perigos, no entanto, aumentam em situações de contato frequente e intenso, especialmente em relação a animais que vivem em colônias. Com exceção de indivíduos alérgicos, seria necessário um grande número de animais para que as picadas representassem perigo para os humanos, afirma o biólogo.
‘Planeta é dos insetos, nós somos minoria’: especialista defende a convivência entre espécies e humanos. Em relação aos insetos transmissores de doenças, Almeida menciona as espécies hematófagas, que se alimentam de sangue e podem transmitir vírus, bactérias e parasitas ao se alimentarem de hospedeiros, como o Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, zika e chikungunya. Em casos mais raros, o professor aponta que baratas e cigarras também podem transmitir doenças através da contaminação de alimentos, por exemplo.
No entanto, devido à diversidade de espécies, outros animais também são vistos com temor pela população. ‘Outras culturas, que praticam a entomofagia, ou seja, o consumo de insetos como fonte de proteína, têm uma relação bastante positiva com esses animais’, ressaltou Almeida. Para o especialista, é essencial um convívio harmonioso entre insetos e a população, a fim de que as pessoas estejam familiarizadas com a maioria dos animais que habitam o planeta.
‘Ao aprender sobre os insetos e suas contribuições para o ecossistema, como polinização e decomposição, podemos desenvolver uma maior apreciação por esses organismos, compreender que muitas vezes dependemos deles e reduzir certos estigmas e preconceitos’, concluiu Almeida. Mordidas, transmissão de doenças e ‘antenas de rádio’: descubra as habilidades das baratas.
Fonte: @ Terra
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