Índice geral de preços fechou o ano em 6,4% com inflação de dezembro em 0,7% e taxa de preços em 2,8%
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) divulgou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou uma taxa de inflação de 0,94% em dezembro, refletindo uma tendência de desaceleração em relação à alta de 1,30% registrada no mês anterior.
A taxa de inflação ficou abaixo das previsões de 22 consultorias e instituições financeiras, que estavam prevendo uma variação de preços entre 0,98% e 1,2%, com uma média geral de 1,08%. Esse resultado implica em um índice que encerra o ano de 2024 com uma taxa de inflação acumulada de 6,54%, refletindo o cenário de reajustes salariais e de preços que tem sido observado no mercado.
Taxa de reajustes
Em dezembro de 2023, os índices de preços apresentaram uma taxa de reajustes, com o IGP-M tendo um aumento de 0,74% no mês e acumulando uma queda de 3,18% em 12 meses. Essa desaceleração foi influenciada por commodities, preços administrados e mão-de-obra.
Índice de preços ao produtor
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que tem um peso de 60% no IGP-M, subiu 1,21% em dezembro, abaixo da taxa de 1,74% observada em novembro. Analisando os diferentes estágios de processamento, percebe-se que o grupo de Bens Finais subiu 0,83% em dezembro, taxa inferior em relação ao mês anterior, quando registrou alta de 1,25%. Esse decréscimo foi impulsionado principalmente pelo subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 3,34% para 2,62%.
Taxa de inflação
A taxa de inflação foi influenciada por preços administrados e mão-de-obra, com o grupo de Bens Intermediários subindo 0,47% em dezembro, superior à do mês anterior, quando havia registrado alta de 0,22%. A principal contribuição para esse avanço partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -0,55% para 0,54%.
Índice de preços ao consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), com peso de 30% no IGP-M, registrou taxa de 0,12%, apresentando aceleração em relação a novembro, quando o índice teve um aumento de 0,07%. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, seis apresentaram avanços nas suas taxas de variação: Transportes (0,14% para 0,30%), Educação, Leitura e Recreação (-0,16% para -0,02%), Alimentação (1,01% para 1,09%), Despesas Diversas (0,49% para 0,85%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,16% para 0,20%) e Comunicação (0,03% para 0,06%).
Taxa de reajustes salariais
O grupo de Matérias-Primas Brutas subiu 2,35% em dezembro, após registrar alta de 3,90% em novembro. A desaceleração desse grupo foi influenciada principalmente por itens chave, tais como soja em grão, que recuou de 4,80% para -2,34%, bovinos, cuja taxa desacelerou de 13,57% para 2,50%, e milho em grão, cuja taxa recuou de 8,85% para 2,12%. Em contraste, café em grão acelerou fortemente, de 6,01% para 28,82%, minério de ferro, que subiu de 2,37% para 6,21% e das aves, cuja taxa passou de 0,34% para 2,44%.
Taxa de desaceleração
A taxa de desaceleração desse grupo foi influenciada por commodities, preços administrados e mão-de-obra. O grupo de Bens Finais subiu 0,83% em dezembro, taxa inferior em relação ao mês anterior, quando registrou alta de 1,25%. Esse decréscimo foi impulsionado principalmente pelo subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 3,34% para 2,62%.
Taxa de aumento
A taxa de aumento foi influenciada por preços administrados e mão-de-obra, com o grupo de Bens Intermediários subindo 0,47% em dezembro, superior à do mês anterior, quando havia registrado alta de 0,22%. A principal contribuição para esse avanço partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -0,55% para 0,54%.
Taxa de variação
A taxa de variação foi influenciada por preços administrados e mão-de-obra, com o grupo de Matérias-Primas Brutas subindo 2,35% em dezembro, após registrar alta de 3,90% em novembro. A desaceleração desse grupo foi influenciada principalmente por itens chave, tais como soja em grão, que recuou de 4,80% para -2,34%, bovinos, cuja taxa desacelerou de 13,57% para 2,50%, e milho em grão, cuja taxa recuou de 8,85% para 2,12%.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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