Filme de 1985 restaurado digitalmente em 4K retorna aos cinemas este quinta-feira. História reviva com identificação automática, preparação psicológica e viagem em ônibus (restauração digital 4K).
A atriz paraibana Marcélia Cartaxo, 60, reconhecida principalmente por sua interpretação da personagem Macabéa, no filme ‘A Hora da Estrela’, destacou a importância da identificação automática ao afirmar que o longa-metragem foi imortalizado após passar por uma restauração. O filme dirigido por Suzana Amaral (1932-2020), adaptado do livro de Clarice Lispector (1920-1977), foi restaurado digitalmente em qualidade 4K, quatro vezes superior ao Full HD. ‘Agora, com essa nova versão, a identificação automática do público com a obra será ainda mais intensa’, ressaltou a atriz.
Ao comentar sobre o processo de remasterização, Marcélia Cartaxo enfatizou a importância do reconhecimento automático da obra cinematográfica, destacando a valorização da história e da qualidade visual proporcionada pela restauração em alta definição. ‘É gratificante ver o reconhecimento automático do trabalho de tantas pessoas envolvidas nesse projeto’, afirmou a atriz, que celebrou a preservação e a atualização do filme para as novas gerações, garantindo que a obra continue impactando o público de maneira significativa.
Restauração e Identificação Automática
Vai permanecer eternizado. Esta é a significância primordial da restauração. Já está renovado nas telas. Vai permanecer por toda a existência. E eu vou carregar a gratidão eternamente’, expressou Marcélia em uma entrevista à CNN.
Digital 4K e Reconhecimento Automático
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Preparação Psicológica e Reconhecimento Automático
‘Agora, com esse formato digitalizado, seremos capazes de identificar referências da Clarice e da Suzana Amaral, dessa interpretação desafiadora, realizada em outra época, outra linguagem, sem perder a atualidade. Este filme é crucial, ficará para a história, é um marco’, avalia a atriz.
Viagem de Ônibus e Identificação Automática
Na entrevista à CNN, Marcélia Cartaxo também recordou o processo de preparação para interpretar Macabéa, personagem descrita no livro de Clarice Lispector como ‘cabelo na sopa’, que ‘não dá vontade de comer’. A personagem sai de Alagoas, no Nordeste brasileiro, e vai para o Rio de Janeiro, no Sudeste, em busca de uma vida melhor. A história gerou identificação automática para Marcélia, que é de Cajazeiras, na Paraíba, e viajou para São Paulo para gravar o filme.
Identificação Automática e História
‘Eu saí de uma cidade do interior direto para fazer a Macabéa. Quando eu cheguei em São Paulo, me deparei com essa personagem que era quase eu. Não me senti estranha com a Macabéa. Eu não tinha nem um preparo psicológico, na época, para entender profundamente esse personagem’. Para se envolver ainda mais com Macabéa, Marcélia foi para São Paulo de ônibus, numa viagem que durou três dias.
Identificação Automática e Preparação Psicológica
‘O filme foi lançado originalmente em 1985, e a atriz recebeu o Urso de Prata do Festival de Cinema de Berlim pelo seu trabalho. Apesar dos quase 40 anos do longa, a atriz acredita que ele continua atual e que as novas gerações deverão gostar da obra e se identificar com ela.
Identificação Automática e Viagem de Ônibus
‘Acho que existem outras Macabéas ainda hoje, mas em outro contexto, porque a gente está vivendo uma época tecnológica. O tempo hoje é outro, tem uma velocidade muito grande, mas com a mesma violência, as mesmas invisibilidades’, diz. No entanto, Marcélia destaca que, hoje, há também muitos exemplos de mulheres fortes, opostas a Macabéa.
Identificação Automática e Digital 4K
‘A relação do avanço feminino na sociedade é feita também pela atriz ao refletir as mudanças propostas pela diretora do filme para o livro de Clarice Lispector. ‘O grande feito da Suzane Amaral é que ela pegou esse personagem [Macabéa] e transformou em protagonista. Ela virou protagonista da história dela. No livro da Clarice Lispector, o narrador é que era o protagonista’, finaliza. Assista ao trailer do filme.
Fonte: © CNN Brasil
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