Ministro da Fazenda confia que presidente manterá diretriz de escolher os melhores nomes para o BC, destacando a política monetária e a trajetória de juros.
O ministro da Economia, Carlos Alberto, destacou que o Selic é um importante instrumento para controlar a inflação e incentivar o crescimento econômico. Segundo ele, o governo está monitorando de perto a evolução da economia para tomar decisões assertivas em relação à taxa de juros.
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúna em breve para discutir possíveis mudanças na taxa de juros. A decisão do Copom em relação ao Selic impacta diretamente diversos setores da economia, influenciando, por exemplo, o crédito e os investimentos no país.
Desafios da Selic em Meio à Política Monetária
Durante uma entrevista à GloboNews, Haddad abordou a questão da Selic, destacando a preocupação com a trajetória dos juros no segundo semestre. A Selic terminal do atual ciclo de cortes preocupa, especialmente considerando a taxa de juros nos Estados Unidos. Essa trajetória de juros prevista pelo Federal Reserve (Fed), banco central americano, influencia diretamente as decisões de cortes no Brasil e globalmente.
Haddad ressaltou a importância de considerar a taxa básica anual cobrada pelo Fed, que varia entre 5,25% e 5,5%, ao mencionar que ‘não é pouca coisa pagar 5,5% ao ano em dólar’. Além disso, ele mencionou a possibilidade de redução dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE), antes do Fed dos EUA realizar cortes.
Em relação à política monetária, Haddad enfatizou a necessidade do G20 em encontrar soluções para países endividados, ressaltando que o Brasil não se enquadra nessa categoria. Ele também abordou o desequilíbrio fiscal causado pela expansão dos gastos tributários nos Estados Unidos.
Desafios Econômicos e Perspectivas do Mercado
Em um cenário mais amplo, Haddad comentou sobre a atualidade dos servidores do governo federal em busca de ganhos reais em seus salários, afirmando que é natural que busquem melhores condições. No entanto, ele destacou a existência de limites e múltiplos desafios a serem enfrentados pela economia.
Ao ser questionado sobre a transição no Banco Central, Haddad expressou confiança na continuidade da diretriz seguida até agora pelo presidente Lula, de escolher os melhores nomes para diretoria e presidência do BC. Ele também mencionou que o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, está planejando uma transição longa e tranquila, assegurando uma mudança sem impactos negativos.
Em relação à indicação de diretores do BC, Haddad destacou que em suas consultas com Lula sempre buscou indicar os melhores profissionais, sem ter suas escolhas questionadas. A transição no órgão será realizada de forma cuidadosa e seguindo as práticas estabelecidas, assegurou o ministro.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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