PGR denunciou Carla Zambelli por invasão no CNJ, assinatura de juízes para beneficiar facção criminosa.
O ‘hacker’ Walter Delgatti, famoso como ‘hacker da Lava Jato’, conseguiu acessar o sistema da Justiça, onde inseriu um falso alvará de soltura que poderia ter sido prejudicial a um condenado a mais de 200 anos de prisão. Segundo a PGR, o ‘hacker’ e a deputada Federal Carla Zambelli são alvos da denúncia, que envolve a invasão no sistema do CNJ. As investigações apontam Zambelli como a ‘autora intelectual’ das ações ilícitas.
O uso irresponsável da tecnologia por um criminoso cibernético é uma ameaça à segurança digital e à privacidade das pessoas. É essencial que os especialistas em segurança da informação atuem constantemente para proteger redes e sistemas de possíveis vulnerabilidades. A ação de um hacker pode ter sérias consequências, evidenciando a importância da conscientização sobre os riscos cibernéticos.
Expansão da Denúncia contra Hacker Walter Delgatti por Invasão aos Sistemas do CNJ
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma acusação contra o hacker Walter Delgatti pela invasão nos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), revelando um esquema intrincado de manipulação de informações. Esse caso notório inclui a inserção de um mandado de prisão falso contra o Ministro Alexandre de Moraes, uma ação que poderia ser vista como um ato de ousadia digno de um criminoso cibernético.
Segundo a denúncia, Delgatti, supostamente agindo em acordo com a Deputada Federal Carla Zambelli, teria utilizado indevidamente senhas de juízes para incluir diversos alvarás de soltura nos sistemas do CNJ, um ato que beneficiaria um condenado a 200 anos de reclusão, Sandro Silva Rabelo, conhecido como Sandro Louco, membro do Comando Vermelho. O hacker habilidoso conseguiu inserir esses documentos tanto no Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU) quanto no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), evidenciando uma sofisticada operação criminosa.
Um dos alvarás criados por Delgatti poderia ter provocado a libertação de um criminoso com múltiplas condenações por crimes graves, uma ação que chama atenção para a periculosidade do hacker e sua possível ligação com a facção criminosa Comando Vermelho. A invasão dos sistemas do CNJ não se limitou apenas à manipulação de alvarás de soltura; o hacker também teria interferido indevidamente em processos judiciais, inclusive solicitando o afastamento do sigilo bancário de uma figura proeminente como Alexandre de Moraes, demonstrando um nível de intrusão preocupante.
Em um movimento particularmente ousado, Delgatti invadiu um sistema secundário do CNJ chamado GitLab, destinado à consulta de programadores judiciais. Nesse contexto, o hacker espalhou mensagens desestabilizadoras, buscando minar a credibilidade e confiança no sistema de Justiça. A mensagem proferida por Delgatti, que incitava a ascensão de uma ‘República Comunista do Xandaquistão’, revela uma estratégia de desinformação voltada para prejudicar a reputação do Judiciário e semear desconfiança na sociedade.
A denúncia da PGR ressalta a gravidade dessas ações, equiparando a conduta criminosa de Delgatti e Zambelli à prática de danos contra a estrutura democrática do país, em uma estratégia que ecoa tentativas anteriores de desestabilizar instituições fundamentais. A busca por vantagens midiáticas e políticas por meio da desmoralização do sistema de Justiça revela uma ameaça séria à ordem pública e à segurança da informação.
Diante desses eventos perturbadores, a PGR solicita a condenação dos envolvidos pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica, com a imposição de penas agravadas e a reparação dos danos causados. O desenrolar desse caso complexo levanta questões fundamentais sobre a segurança cibernética, a integridade das instituições judiciais e a atuação de hackers mal-intencionados no cenário político e jurídico. Acesse a denúncia completa do processo Pet 11.626 para mais detalhes sobre essa trama sofisticada.
Fonte: © Migalhas
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