Apresentadora revelou abusos na chamada “tratamento” de terapia de converção, envolvendo cura-gay, teoria de que, eu-não, pertenca, lavagem cerebral, expressões repetir, demônio interior, meninas, namorar jovens, submetidos a eletrochoques. Testemunhos de mulheres e trans-pessoas descreveram sua experiência. Cura-nunca chegou.
A drag queen apresentadora do ‘RuPaul’s Drag Race Brasil’, Grag Queen, compartilhou sua experiência impactante relacionada à caso de cura-gay, revelando detalhes assustadores da ‘terapia’ que enfrentou quando era adolescente. O vídeo faz parte do ‘Projeto Fim da cura-gay‘ e foi divulgado exclusivamente pelo site hugogloss.com. No testemunho, Grag apareceu fora de sua persona artística, revelando seu nome verdadeiro, Grégory Mohd.
O relato de Grag Queen ressalta a importância da conscientização sobre os danos causados pela terapia-de-conversão. A vivência pessoal de Grag lança luz sobre os impactos negativos das práticas de ‘reparação’ e terapia-de-reorientação-sexual. É fundamental combater essas abordagens prejudiciais e promover ambientes seguros e inclusivos para a comunidade LGBTQ+. A coragem de Grag em compartilhar sua história inspira outros a se levantarem contra a discriminação e a favor da aceitação e do respeito à diversidade.
Depoimento Impactante sobre a Terapia de Cura-gay
Grégory revelou detalhes chocantes sobre sua experiência com terapia de cura-gay, também conhecida como terapia de conversão ou terapia de reorientação sexual. Ele compartilhou como desde cedo foi submetido à ideia de que não pertencia, que sua sexualidade era errada e que precisava ser modificada. Essa teoria foi implantada em sua mente, resultando em uma espécie de lavagem cerebral.
Ele descreveu como aos 10 ou 11 anos, se viu com a responsabilidade de expulsar um suposto ‘demônio’ interno. Nessa terapia, as práticas abusivas incluíam jejuns prolongados, a obrigação de beijar e namorar meninas, e até mesmo receber eletrochoques enquanto repetia expressões negativas sobre sua própria identidade.
Impacto Profundo da Lavagem Cerebral na Busca pela Cura-gay
Grégory compartilhou que na terapia de cura-gay, os participantes eram expostos a depoimentos de mulheres trans que haviam ‘destransicionado’ e afirmavam ter encontrado a liberdade após suprimirem sua identidade de gênero. No entanto, ele ressaltou que essa suposta cura nunca se concretizou para ninguém, levando apenas à crença de que precisavam ser concertados e modificados.
Ele relembrou como a pressão para se adequar a essas práticas abusivas o impediu de seguir sua paixão pela música na igreja, evidenciando como a terapia de cura-gay pode privar indivíduos de serem quem realmente são, gerando um profundo impacto emocional e psicológico.
O Resgate da Liberdade através da Expressão Autêntica
Após sair desse ambiente prejudicial, Grégory conseguiu se libertar dessas práticas danosas. No entanto, mesmo fora desse contexto, ele enfrentou dificuldades para se amar e se sentir aceito em sua própria pele. A imposição de se sentir incapaz e doente persistia, causando um turbilhão emocional constante.
Ao se tornar uma drag queen, Grégory encontrou um caminho para resgatar sua liberdade e autenticidade. Ele destacou a importância de usar sua voz para ajudar outras pessoas que possam estar enfrentando situações semelhantes, defendendo veementemente a criminalização dessas práticas abusivas de cura-gay.
Empoderamento Através da Autenticidade
Grag Queen, como é conhecido no universo drag, enfatizou a importância de viver a liberdade de ser quem realmente é. Sua jornada reflete a resistência em ser forçado a mudar sua essência e a busca por aceitação e respeito pela diversidade sexual e de gênero. Sua coragem em compartilhar sua história visa inspirar e proteger outros indivíduos vulneráveis que possam estar sujeitos a práticas danosas de terapia de cura-gay.
Fonte: @ Hugo Gloss
Comentários sobre este artigo