Entidades e sindicatos lideram reestruturação de carreiras, com reajustes acumulados de 28,2% para docentes e 31,2% para TAEs em quatro anos.
O Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) firmaram nesta quinta-feira, 27 de julho, acordos com entidades sindicais representativas dos docentes das instituições federais de educação e dos Técnicos-Administrativos em Educação (TAEs). Os acordos foram estabelecidos no contexto das mesas de negociação conduzidas pelo MGI.
Além disso, foi destacada a importância de manter o diálogo contínuo para fortalecer o pacto entre as partes envolvidas. A assinatura desses acordos representa um avanço significativo nas relações trabalhistas dentro do setor educacional, promovendo um ambiente mais colaborativo e transparente para todos os profissionais envolvidos.
Acordo de Reestruturação de Carreiras e Progressão na Carreira
Para o magistério federal, o pacto assegura a reestruturação da carreira, com incrementos de 9% em janeiro de 2025 e 3.5% em maio de 2026, além de reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. Junto ao reajuste de 9% de 2023, a convenção prevê a valorização da carreira docente até 2026 com um aumento em torno de 28,2% para professores, sendo 43% para o cargo de menor remuneração. O acordo inclui também pautas não-remuneratórias.
O contrato foi firmado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). O acordo envolvendo os TAEs garante a reestruturação do Plano de Carreira da categoria (PCCTAE) e um reajuste médio de 31,2% em quatro anos. Também apresenta ganhos com progressão na carreira (steps), que aumentarão dos atuais 3,9% para 4% em janeiro de 2025 e 4,1% em abril de 2026.
Com essa composição, o reajuste acumulado varia de 24,8% a 46,5% dependendo da classe e do nível na carreira. Na reestruturação da carreira, o tempo de progressão diminui de 18 para 12 meses, com aceleração a cada cinco anos. A mudança permite que se chegue do início ao topo da carreira em 15 anos.
Acordo de Valorização dos Servidores Federais
Os acordos preveem ganho real expressivo para o período de 2023 a 2026, no qual a inflação projetada varia de 15% a 18%. Além disso, assim como todos os servidores públicos federais, docentes e TAEs receberam reajuste de 118% no auxílio-alimentação, que chegou a R$ 1.000 em 2024, e de 51% no auxílio-saúde e no auxílio-creche.
O Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, celebrou a assinatura dos acordos e afirmou que a negociação demonstra o reconhecimento do governo federal ao papel dos servidores federais da educação. Santana agradeceu o empenho das equipes do MEC, do MGI e das entidades sindicais e destacou o espaço de diálogo. ‘O MEC está sempre de portas abertas para que a gente possa dialogar com franqueza, construir os caminhos, porque nós acreditamos que só vamos ter uma educação de qualidade com a valorização de nossos professores e servidores’, afirmou o Ministro. ‘Nós estamos dando exemplo de maturidade e responsabilidade. Sei que a luta vai continuar, porque a gente ainda precisa não só de reconhecimento ao valor dos servidores federais, mas da melhoria da educação pública, gratuita, e de qualidade deste país, em todos os níveis’, completou.
A ministra de Estado da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, também parabenizou as equipes do MGI, do MEC e as entidades sindicais pela disposição de diálogo e classificou a assinatura dos acordos como um momento histórico. ‘O acordo envolveu não só reajuste, foram muitas discussões acontecendo ao longo dos meses. Não somos contra sindicatos, não somos contra greve. Em um.
Fonte: © MEC GOV.br
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