Governador pode manter cargo durante processo criminal, desvios de recursos supostos. Empresas contratadas, famílias e sócios investigados em fase pré-processual por irregulares desvios. (147 caracteres)
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta quarta-feira (15) que o governador do Acre, Gladson Cameli, se torne réu em um processo criminal. Mesmo com essa decisão, o governador poderá continuar exercendo suas funções durante a tramitação do processo. Cameli foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e fraude em licitação.
Em meio a esse cenário, a população do Acre aguarda ansiosamente por desdobramentos futuros que possam esclarecer a situação do governador Gladson Cameli. É importante que a justiça seja feita e que a verdade prevaleça, garantindo assim a transparência e a integridade no cenário político do estado.
Investigações sobre Cameli, Gladson, governador do Acre, avançam
As investigações sobre o governador do Acre, Cameli, Gladson, tiveram início em 2019, quando surgiram indícios de um processo criminal envolvendo o suposto desvio de recursos por empresas contratadas pelo governo. Segundo a Polícia Federal (PF), essas empresas teriam contratado outras firmas, com familiares do governador como sócios, para desviar recursos públicos de forma irregular.
Durante as apurações, foi constatado que cerca de R$ 11 milhões foram desviados, conforme os dados levantados. A Corte Especial do STJ decidiu seguir o voto da ministra Nancy Andrighi, relatora do caso, e aceitar a denúncia contra o governador. A investigação revelou que uma das empresas suspeitas de desvio, responsável por uma reforma predial, tem sede em Brasília e nunca executou obras no Acre.
Os indícios coletados na fase pré-processual apontam para o dolo direto de Gladson, que, segundo a relatora, agiu em conjunto com outros denunciados para lesar os cofres públicos. O entendimento foi unânime entre os membros da Corte.
Defesa de Cameli, Gladson, questiona investigação
Durante o julgamento, o advogado Pedro Ivo Velloso levantou questões sobre a condução da investigação contra o governador. Ele apontou diversas irregularidades, como a requisição indevida de relatórios do Coaf, a manipulação de dispositivos eletrônicos e a vigilância prévia da rotina do governador sem autorização judicial.
Velloso também ressaltou que Cameli não teve participação na contratação das empresas suspeitas. Para o advogado, o inquérito apresenta uma série de falhas desde o início, caracterizando uma perseguição injustificada. A defesa busca esclarecer os pontos controversos e garantir a integridade do processo.
Fonte: @ Agencia Brasil
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