Estudo de comunicação em outras espécies se expande com método para identificar técnicas e estruturas microscópicas em formas complexas preservadas em âmbar.
Formigas do período Cretáceo Foto: Arquivo: RYO TANIGUCHI Um estudo divulgado na revista científica Science Advances revelou que as formigas que viviam no planeta há 100 milhões de anos, durante o Período Cretáceo, já demonstravam comportamentos sociais avançados, semelhantes aos de suas descendentes atuais. Esses pequenos insetos, conhecidos por sua organização em colônias, possuíam estratégias de comunicação complexas, o que evidencia a longa história de interação e cooperação entre as formigas ao longo do tempo.
Além disso, os pesquisadores encontraram evidências de fósseis de formigas que datam desse período, o que amplia nosso entendimento sobre a evolução desses insetos ao longo das eras. A descoberta desses vestígios fósseis contribui para a compreensão da história e do desenvolvimento das formigas ao longo de milhões de anos, revelando aspectos fascinantes sobre a vida em colônias e a dinâmica social desses pequenos seres. As formigas continuam a surpreender os cientistas com sua incrível capacidade de adaptação e sobrevivência no mundo natural.
Descoberta de Formigas Fósseis Revela Comportamento Social
Uma descoberta fascinante no mundo da entomologia revelou novas informações sobre a comunicação e interação social de formigas extintas. Utilizando uma técnica inovadora para identificar estruturas microscópicas, os cientistas conseguiram analisar formigas preservadas em âmbar, revelando detalhes surpreendentes sobre sua vida em colônia.
A análise minuciosa desses fósseis revelou que as formigas da espécie Gerontoformica gracilis possuíam sensilas antenais semelhantes às das formigas modernas. Essas sensilas são órgãos sensoriais essenciais para a comunicação e interação dentro de uma colônia de formigas, sugerindo um comportamento social semelhante ao observado nas formigas atuais.
Além da semelhança nas estruturas microscópicas, a proximidade dos fósseis de formigas fossilizadas indicava um comportamento social entre os indivíduos. Essa descoberta desafia as teorias anteriores sobre a evolução da socialidade em formigas, fornecendo evidências concretas de que esses insetos extintos se comunicavam e interagiam como membros de uma colônia organizada.
O estudo, liderado pelo pesquisador Ryo Taniguchi da Universidade de Hokkaido, no Japão, utilizou uma técnica inovadora de microscopia chamada confocal a laser rotativa (CLSM) para analisar as estruturas microscópicas das formigas fossilizadas. Essa abordagem permitiu aos cientistas visualizar detalhes nunca antes vistos, revelando as complexas formas de comunicação que sustentavam a vida social desses insetos.
A descoberta dessas formigas fósseis e a aplicação de técnicas avançadas de análise microscópica abrem novos horizontes para o estudo da evolução da socialidade em insetos. Essas evidências diretas do comportamento social em formigas extintas fornecem insights valiosos sobre a evolução da comunicação e interação em colônias de insetos ao longo do tempo.
Essa pesquisa pioneira destaca a importância de técnicas inovadoras e abordagens interdisciplinares para desvendar os segredos do passado e compreender melhor a complexidade das formas de vida social. A descoberta dessas formigas fósseis não apenas amplia nosso conhecimento sobre a evolução da socialidade em insetos, mas também nos inspira a explorar novas fronteiras no estudo da comunicação animal e do comportamento coletivo.
Fonte: @ Terra
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