Confusão foi o estopim, mas a relação era turbulenta. Críticas ao comprometimento e ausência como visitante de jogadores. Técnico questionou comportamento, menosprezando a camisa e o cotidiano. Falta de respeito, fama de reclamão.
Marcelo encerrou abruptamente sua segunda passagem pelo Fluminense, uma experiência marcante que durou menos de 24 horas. A tensão pública que se desenvolveu entre ele e Mano Menezes no Maracanã resultou na rescisão do contrato do ídolo em comum acordo com o Tricolor. Nenhum dos envolvidos parecia disposto a ceder.
Os bastidores da decisão da diretoria e detalhes sobre o cotidiano de Marcelo no CT Carlos Castilho revelam uma situação complexa. De acordo com o ge, a experiência foi marcada por desentendimentos. Marcelo, um nome importante na história do Fluminense, saiu sem fazer parte de nenhum plano de longo prazo. Fornecido pelo Fluminense em 2017, ele teve uma segunda passagem que foi interrompida abruptamente. Agora, ele segue em busca de novos desafios. O anúncio da rescisão em comum acordo foi um momento de despedida triste para o torcedor, que viu um ídolo sair das quadras do Maracanã.
Marcelo deixa o Fluminense: um capítulo fechado
Foi uma decisão de última hora, a ignição para a rescisão de Marcelo, mas fontes ouvidas pelo ge Fluminense destacaram que a tendência era pelo fim do vínculo do lateral.
O clima ruim no Fluminense, decorrente da confusão com Mano, deixou o clube sem alternativas para além do rompimento do contrato. Marcelo reclamou de toques de Mano em seu braço, alegando que o técnico queria ‘fazer média com a torcida’. Foi a gota d’água, e o anúncio veio no início da tarde.
Marcelo, que deixou o Fluminense com 68 jogos em sua segunda passagem pelo time, nunca foi tido como um jogador que interagia muito no cotidiano do CT Carlos Castilho. O técnico de sempre alegava que o camisa 12 era um ‘reclamão’, que quase nunca se dava por satisfeito.
Mano Menezes tem respaldo para tratar com medalhões
O técnico de sempre ficou com o respaldo do elenco para a decisão de rescindir o vínculo com Marcelo. Líderes do time abordaram membros da diretoria dizendo que apoiavam a decisão. O nível de comprometimento de Marcelo em meio ao momento delicado do Fluminense, na luta contra o Z-4 do Brasileiro, voltou a ser citado.
O respeito à carreira de Marcelo não desapareceu. Pelo contrário: ainda há um reconhecimento muito forte em relação ao tamanho da idolatria do jogador no Fluminense, e tudo que ele representa no futebol mundial. Mas a postura do lateral no dia a dia era motivo de queixas.
A ausência de Marcelo em partidas como visitante
De acordo com um levantamento feito pelo ge em julho, Marcelo é um dos jogadores que menos participa em jogos do Fluminense quando a equipe atua como visitante.
A ausência em algumas partidas como visitante foi outro ponto de incômodo, já que existia uma guerra de narrativas. Marcelo afirmava sentir dores, e funcionários do Fluminense tinham dificuldade em questionar o camisa 12 sem colocar sua palavra em xeque ou criar maiores problemas. Afinal, eram questões médicas.
Críticas e elogios
Mesmo sem ter desafetos explícitos ou problemas diretos com companheiros e funcionários, Marcelo não era dos mais benquistos no cotidiano do CT Carlos Castilho. Depois do empate por 2 a 2 com o Grêmio, Marcelo perdeu o início do bate-papo no vestiário por ter sido sorteado para realizar exame antidoping.
Seu desempenho foi motivo de críticas, como a falta de participação em algumas partidas como visitante, e o conflito com o técnico Mano. ‘Foi o melhor jogador do Fluminense nos últimos anos, mas reclamava de tudo’, disse um funcionário do clube.
O respeito à carreira de Marcelo não desapareceu, mas a postura do lateral no dia a dia era motivo de queixas.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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