A queda de casos de Srag por Covid reflete na diminuição de hospitalizações. Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta a redução de mortes por Srag no país.
Segundo o mais recente relatório divulgado pela equipe da Fiocruz, houve uma redução significativa nos casos de síndrome respiratória aguda grave causada pela Covid-19 no Brasil. Essa queda é resultado das medidas de prevenção adotadas pela população e também da eficácia das vacinas disponíveis no combate ao coronavírus.
A Fundação Oswaldo Cruz tem desempenhado um papel fundamental no monitoramento e na análise dos dados relacionados à pandemia no país. A atuação da instituição tem sido essencial para o controle da propagação do vírus e para o auxílio na tomada de decisões dos órgãos de saúde pública. É importante ressaltar a importância da conscientização da população para que as medidas de prevenção sejam mantidas e a queda nos casos de Covid-19 continue.
Fiocruz reforça a importância da vacinação contra vírus respiratórios em grupos de risco
Mesmo assim, o boletim ressalta que a Fundação Oswaldo Cruz destaca que pessoas com mais de 65 anos continuam a representar o principal grupo hospitalizado por doença respiratória, como a síndrome respiratória aguda grave causada por Covid. Além disso, chama a atenção o grupo de bebês e crianças de até dois anos, que também estão entre os mais vulneráveis. Para esses grupos, a vacinação em dia é fundamental para evitar casos de hospitalização e morte.
Resultados do exame de painel viral revelam cenário epidemiológico preocupante
A análise é feita com os casos de Srag na última semana epidemiológica, período de 24 a 30 de março, com agente etiológico conhecido. Ou seja, é quando é feito o exame de painel viral para investigar qual o vírus causador da síndrome respiratória aguda grave.
Fiocruz destaca números alarmantes de casos de Srag em 2024
Referente ao ano epidemiológico 2024, já foram notificados 25.747 casos de Srag, sendo 11.065 (43,0%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 10.223 (39,7%) negativos, e ao menos 2.880 (11,2%) aguardando resultado laboratorial. Vale destacar que os dados são influenciados pelas notificações e estão sujeitos a atualizações.
Mortalidade da Srag: Fiocruz destaca a predominância da Covid em idosos
Dentre os casos positivos, 53,1% são Covid, 21,2% VSR (vírus sincicial respiratório), 12,4% para influenza A e 0,3% influenza B. Nas últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 38,3% VSR, 31,1% Covid, 17,8% influenza A 0,4% influenza B. A mortalidade da Srag tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid.
Anvisa aprova primeira vacina em gestantes contra o VSR, destaca Fiocruz
Em relação às crianças, preocupa o avanço das infecções por VSR, principal causador de bronquiolite. Recentemente, a Anvisa aprovou a primeira vacina em gestantes que protege bebês contra o vírus. Segundo Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, o novo imunizante será fundamental para diminuir as internações que têm um impacto importante em crianças de até dois anos.
Impacto da vacinação na população infantil e idosa contra o VSR
‘A gente espera que no futuro a nova vacina possa ser uma ferramenta do nosso cotidiano de enfrentamento a esse vírus. Vemos hoje esse impacto do VSR nos casos de SRAG, nas internações’, afirma Gomes. Ele ressalta a importância da vacinação contra o VSR, que sempre foi um vírus de extrema relevância, com impacto significativo em bebês e crianças, especialmente até dois anos de idade, bem como na população mais idosa, onde também tem sido observado aumento do volume de internações por VSR, algumas com mortes.
Assim, a Fiocruz espera que a vacina contra o VSR possa ser incorporada e mudar significativamente o cenário da doença no país, de forma semelhante ao que aconteceu com a Covid e o vírus influenza.
Fonte: © TNH1
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