Ação previne transmissão recente do vírus, detectado isoladamente. Registro de casos, departamentos de Doenças Transmissíveis e Saúde Pública ativos. Notas informativas conjuntas sobre futuros surtos e altas temperaturas. Estratégia ativa: 150.000 doses extras de vacinas contra vírus, baixas coberturas, densidade alta de vetores e hospedeiros. SVSA/MS: alerta para altas temperaturas e vetores.
Com a confirmação de dois casos pontuais de febre amarela na região próxima de São Paulo e Minas Gerais, o Ministério da Saúde lançou um comunicado no último fim de semana sobre a importância de reforçar as medidas de prevenção e vacinação nas localidades com transmissão ativa do vírus da febre amarela.
A luta contra a febre amarela é crucial para garantir a saúde da população e evitar a propagação da doença febril. A vacinação é a principal forma de proteção contra a febre amarela, sendo fundamental manter a caderneta de vacinação atualizada.
Notas Informativas Conjuntas sobre a Febre Amarela
Uma importante ação de prevenção tem sido realizada para garantir que estados e municípios possam comunicar casos suspeitos de febre amarela com rapidez. Isso é fundamental para evitar futuros surtos e garantir que as ações de resposta sejam prontamente executadas, se necessário.
A nota informativa conjunta dos departamentos de Doenças Transmissíveis, de Emergências em Saúde Pública e do Programa Nacional de Imunizações, vinculados à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, encontra-se disponível online para consulta.
A Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS), Ethel Maciel, ressalta que a febre amarela é uma doença febril evitável por meio da vacinação, disponível gratuitamente no SUS para todas as faixas etárias. É importante salientar que as falsas informações antivacina afetaram não apenas a Covid, mas também a cobertura vacinal da febre amarela, a qual está abaixo do recomendado.
Com alta letalidade, a febre amarela tem sido motivo de preocupação. Nos últimos seis meses, foram registrados quatro casos isolados no país, sendo um em Roraima, um no Amazonas e dois em São Paulo, resultando em três óbitos. Entre os casos mais recentes, destaca-se um homem de 50 anos na divisa entre Águas de Lindóia e Monte Sião, e um homem de 28 anos em Serra Grande, que já está recuperado.
Embora a febre amarela seja endêmica na região amazônica, ocasionalmente o vírus ressurge em locais extra-amazônicos. A transmissão costuma ocorrer sazonalmente, com a maioria dos casos incidentes entre dezembro e maio. Surtos são desencadeados por condições propícias, como altas temperaturas, baixas coberturas vacinais e alta densidade de vetores e hospedeiros.
Desde 2014, o vírus tem ressurgido no Centro-Oeste, expandindo-se para outras regiões do Brasil nos anos seguintes. Entre 2014 e 2023, foram contabilizados 2.304 registros de febre amarela em humanos, com 790 óbitos.
Dentre as recomendações do Ministério da Saúde, destaca-se a intensificação das ações de vigilância e imunização nas áreas afetadas, incluindo municípios vizinhos; a notificação de adoecimento ou morte de primatas; e a atenção a sintomas febris leves e moderados em indivíduos não vacinados.
Quanto à imunização, é recomendada a estratégia da busca ativa por pessoas não vacinadas nas regiões de ocorrência. Como apoio às ações, na última sexta-feira, o Ministério da Saúde disponibilizou 150.000 doses adicionais da vacina contra a febre amarela para São Paulo, sendo ainda sugerido o acesso livre à vacina nas unidades de saúde.
Adicionalmente, equipes de apoio à investigação epidemiológica de casos foram disponibilizadas aos estados e municípios. A cooperação entre entidades é essencial para enfrentar o desafio da febre amarela e garantir a proteção da população contra essa doença devastadora.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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