Estado criou equipe especial para proteger obras e edificios contra inundação; instituições artísticas e conservação, prédios, trabalho preventivo, força-tarefa, equipamentos de emergência, recoberação, lojas comerciais e mobília personalizada, efeitos da umidade.
Pelo menos seis Museus do RS foram impactados pelos temporais e enchentes recentes na região central de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
As equipes de manutenção estão trabalhando incansavelmente para minimizar os danos e preservar o acervo dessas instituições de arte e conservação. O custo da recuperação e a importância do trabalho preventivo são aspectos fundamentais nesse momento de crise.
Museus do RS: Desafios pós-enchente e ação preventiva
O Governo do estado e a prefeitura do Rio Grande do Sul ainda estão avaliando os danos causados pela enchente. A gestora de comunicação da Secretaria Estadual de Cultura, Camila Diesel, mencionou que, apesar das obras importantes terem sido preservadas inicialmente, os verdadeiros efeitos do desastre só serão totalmente conhecidos quando o nível do rio Guaíba diminuir. Infelizmente, houve um novo aumento nas águas, complicando ainda mais a situação.
No Memorial do Rio Grande do Sul, a água avançou com tamanha força que chegou a cobrir quase todo o andar térreo, alcançando a altura do peito de um adulto. A mobilização para proteger o acervo foi intensa, com a transferência de grande parte das obras para andares superiores dos prédios das instituições de arte e conservação.
Francisco Dalcol, diretor-curador do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), destacou a importância do trabalho preventivo realizado antes da enchente. Ele ressaltou que a movimentação das obras e as medidas tomadas foram fundamentais para minimizar os danos. A força-tarefa montada para o resgate das peças foi essencial para garantir a segurança do acervo.
Além do MARGS, outras instituições de arte e conservação também foram afetadas, mas nem todas receberam a mesma atenção. Enquanto as equipes de manutenção do estado atuaram de forma eficaz, as instituições sob responsabilidade da prefeitura enfrentaram dificuldades. O Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo é um exemplo, onde as autoridades municipais ainda não conseguiram avaliar os estragos.
A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) foi outra vítima da enchente. Apesar de terem preservado as áreas administrativas e parte do acervo, os estabelecimentos comerciais locais sofreram grandes prejuízos. Na livraria Taverna, o mobiliário personalizado não pôde ser movido, resultando em danos causados pela umidade. Lojas como Andaime, Luciamaria Cafés de Origem e Térreo Bar e Restaurante também foram afetadas.
Germana Konrath, diretora da CCMQ, expressou preocupação com os danos e destacou a importância de pensar em estratégias de reconstrução e apoio às pessoas afetadas. A recuperação do equipamento de emergência e dos espaços comerciais exigirá um investimento significativo, mas a comunidade está unida para superar esse desafio e restaurar a vitalidade cultural dos museus do RS.
Fonte: © CNN Brasil
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