Artigo de Grazielle Gomes sobre fachadas ativas em SP pós Plano Diretor, benefício para incorporadoras, segurança nas ruas e desvalorização de imóveis.
A implementação das fachadas ativas nas cidades traz um novo olhar para a interação entre os espaços urbanos e a comunidade. Com a proposta de transformar a paisagem urbana, as fachadas ativas se destacam como uma maneira inovadora de promover a socialização e o comércio local de forma mais integrada e convidativa.
Os avanços das fachadas ativas no ambiente urbano podem ser percebidos não apenas na estética das construções, mas também nos impactos das fachadas ativas na dinâmica das ruas e na qualidade de vida dos moradores. Essa abordagem arquitetônica traz consigo a possibilidade de revitalizar os espaços públicos e estimular a economia local, criando ambientes mais acolhedores e diversificados para a comunidade.
Impactos das Fachadas Ativas na Transformação Urbana
As fachadas ativas revolucionaram a forma como os edifícios interagem com o ambiente urbano, concedendo às incorporadoras que as adotam um benefício que pode chegar a 50% da área do terreno, conforme o Zoneamento vigente. Inicialmente, houve certa apreensão por parte das incorporadoras, temendo a desvalorização dos empreendimentos. No entanto, o desfecho foi surpreendente.
O Plano Diretor Estratégico, ao incluir essa possibilidade na legislação, buscou resgatar a ideia de ter um térreo mais ativo, promovendo uma integração maior com a comunidade, transformando calçadas em espaços convidativos. As fachadas ativas impulsionam a circulação de pessoas nos bairros, fomentando a apropriação do espaço público e reforçando a sensação de segurança nas ruas.
Os avanços das fachadas ativas representam uma mudança significativa na concepção dos empreendimentos, incentivando a criação de projetos de Uso Misto. Essas fachadas substituem os tradicionais muros por aberturas que estimulam interações e conexões com a cidade. A tendência do Uso Misto se solidificou, desafiando a divisão entre o público e o privado.
A integração de comércios, residências e áreas de lazer nas fachadas ativas contribui para a vitalidade econômica dos bairros, agregando valor à cidade. No entanto, é crucial destacar que a implementação adequada dessas fachadas é essencial para evitar espaços ociosos, garantindo sua funcionalidade e dinamismo.
Incluir fachadas ativas no nível da rua não apenas melhora a experiência dos cidadãos, mas também eleva as áreas de lazer para coberturas, ampliando as possibilidades de uso e valorizando o empreendimento como um todo. Essa abordagem inovadora proporciona uma visão mais ampla das áreas de lazer, anteriormente limitadas entre muros.
A implementação de fachadas ativas, como vista nos casos bem-sucedidos do mercado St.Marche e do restaurante Arturito, demonstra o potencial de revitalização urbana e interação com o entorno. Essa estratégia não apenas enriquece o tecido urbano, mas também promove uma experiência integrada e completa para os moradores e visitantes da região.
Fonte: © Estadão Imóveis
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