Nasa divulgou um vídeo de um supercomputador simulando queda em um buraco negro de 4,3 milhões de sols. Mistério cosmos: objeto astrofísico com disco de acreção, anéis de fótons, horizontes de eventos. Supercomputador revela forças maré, informações, distorção plana de espaço-tempo. Discover: superprocessadores nuvem. (136 caracteres)
A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) revelou um vídeo produzido por um supercomputador que ilustra a experiência de adentrar em um buraco negro com uma massa 4,3 milhões de vezes superior à do Sol. Um dos enigmas mais fascinantes do Cosmos, o buraco negro é caracterizado por um objeto astronômico que abriga elevadas concentrações de matérias comprimidas em espaços diminutos.
Além disso, a atração gravitacional intensa desses buracos negros resulta em eventos singulares, como os horizons de eventos, onde a gravidade atinge níveis extremos e a densidade alcança patamares altíssimos. Esses objetos de alta gravidade desafiam as leis da física e nos levam a explorar os limites do conhecimento cósmico.
Explorando as Maravilhas dos Buracos Negros no Universo
Por conta de sua alta densidade, a gravidade abaixo de sua superfície, também conhecida como horizonte de eventos, é tão intensa que nem mesmo a luz consegue escapar. As pessoas frequentemente questionam sobre o que aconteceria ao cair em um buraco negro. Simular esses processos complexos ajuda a conectar a matemática da relatividade com as consequências no Universo real, afirma Jeremy Schnittman, astrofísico no Centro de Voos Espaciais Goddard da Nasa.
Schnittman explica que buracos negros supermassivos possuem um horizonte de eventos menor e uma força de maré maior. A força de maré está relacionada à diferença de gravidade entre dois pontos. No caso de um buraco negro, a gravidade que puxa o objeto para perto é significativamente maior do que em outro ponto. Isso resulta no objeto sendo despedaçado antes mesmo de alcançar o horizonte de eventos.
Para criar as visualizações, Schnittman utilizou o supercomputador da Nasa chamado Discover. Enquanto em um notebook comum levaria mais de uma década para carregar as informações, o supercomputador completou a tarefa em apenas cinco dias. Durante o processo, o equipamento utilizou 0,3% do total de 139 mil processadores disponíveis.
O projeto gerou 10 terabytes de dados. Na simulação, um disco de acreção, uma nuvem plana e rodopiante de gás quente e brilhante, envolve o buraco negro, servindo como referência visual. Da mesma forma, anéis de fótons, estruturas brilhantes formadas mais próximas do buraco negro a partir da luz que o orbitou, também são visíveis.
No início do vídeo, a câmera está posicionada a 640 milhões de quilômetros de distância, e o buraco negro rapidamente preenche a tela. À medida que a câmera se aproxima, o disco, o anel de fótons e o céu estrelado começam a se distorcer progressivamente, formando múltiplas imagens à medida que a luz atravessa o espaço-tempo distorcido.
Em tempo real, a câmera levaria três horas para atingir o horizonte de eventos. No entanto, para um observador distante, pareceria que a câmera nunca alcançou o buraco negro. A medida que tempo e espaço se distorcem, a velocidade da imagem da câmera diminuiria até congelar ao se aproximar do objeto astronômico.
Por isso, os astrônomos originalmente se referiam aos buracos negros como estrelas congeladas. Uma vez dentro do buraco negro, a câmera se dirigiria para o centro do objeto astronômico, onde as leis de física conhecidas pela humanidade deixam de existir. No entanto, a jornada seria breve, pois em 12,8 segundos, a câmera seria destruída pelas forças do buraco negro.
Fonte: © TNH1
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