Dengue superação não garante fim de problemas: sintomas neurológicos, cardíacos, renais e hepáticos persistentes. Repercussões: encefalite, Guillain-Barré, miocardite, cardíaco, renais, hepáticos, insuficiência, aguda. Sociedade Brasileira de Nefrologia: levemente elevados níveis de enzimas hepáticas. Persistem manifestações desse problema: impactos cardiovasculares, miocardite, inflamação muscular, renais, hepáticos.
As sequelas da dengue podem se manifestar de diversas formas no organismo, indo além das manifestações comuns como febre alta, manchas na pele e dores no corpo. Mesmo após a recuperação, é possível que a pessoa continue a sentir os efeitos da doença, com sequelas que podem perdurar por semanas ou até mesmo meses.
Além das sequelas da dengue, é importante estar atento às possíveis complicações que a doença pode acarretar, mesmo após o período agudo da infecção. Por isso, é fundamental manter um acompanhamento médico adequado para prevenir e tratar quaisquer complicações que possam surgir no decorrer do processo de recuperação.
Sequelas da Dengue: Compreendendo as Complicações e Repercussões
Cabe ressaltar que, até o momento, o Ministério da Saúde contabiliza mais de 4,7 milhões de casos prováveis da infecção. De acordo com Melissa Falcão, especialista em infectologia e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o quadro clássico da dengue geralmente melhora sem deixar sequelas permanentes. Em uma situação típica, no máximo a fadiga e a dor de cabeça podem persistir por um período prolongado, desaparecendo após alguns dias ou semanas. No entanto, é importante destacar que o vírus da dengue pode se disseminar pela corrente sanguínea e multiplicar-se em diversos órgãos. Melissa explica que é a partir desse processo que as complicações podem surgir.
Repercussões no Sistema Nervoso
A dengue tem o potencial de afetar o sistema nervoso, tanto em adultos quanto em crianças. De acordo com informações do Ministério da Saúde, as manifestações desse problema incluem convulsões, delírio, sonolência, irritabilidade, amnésia e paralisias. Uma das complicações mais graves é a encefalite, uma condição inflamatória que afeta o cérebro quando um vírus consegue atacá-lo diretamente. A encefalite pode resultar em sequelas como dificuldades motoras e de fala, além da síndrome de Guillain-Barré, que aumenta o risco de perda dos movimentos. Essa síndrome, desencadeada por infecções agudas bacterianas ou virais, pode levar à paralisia e causar danos permanentes.
Impactos Cardiovasculares
Em casos graves, a dengue também pode desencadear sérias alterações no coração, como insuficiência cardíaca e miocardite – inflamação no músculo cardíaco. Conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 48% dos pacientes que evoluem para a forma grave da dengue desenvolvem miocardite. A maioria dos indivíduos com essa inflamação se recupera, no entanto, se ela se espalhar pelo coração, pode resultar em insuficiência cardíaca crônica e outros problemas graves.
Problemas Renais e Hepáticos
A infectologista da SBI também alerta que as complicações decorrentes da dengue grave podem afetar o fígado e os rins. Muitos profissionais de saúde associam casos de dengue grave à insuficiência renal aguda (IRA), na qual os rins perdem repentinamente a capacidade de realizar suas funções básicas. Em situações graves, os pacientes podem apresentar sintomas mais severos, como convulsões ou coma, conforme indicado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). No que diz respeito ao fígado, de acordo com o Ministério da Saúde, níveis levemente elevados de enzimas hepáticas – um indicador de possíveis danos ao órgão – são detectados em até 50% dos pacientes com dengue. Em casos graves, pode ocorrer um comprometimento significativo das funções hepáticas.
Fonte: @ Estadão
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