Pesquisa do The Washington Post revela perguntas mais frequentes de americanos para chatbot de inteligência artificial, mostrando possíveis usos e comportamento dos usuários.
A inteligência artificial está cada vez mais presente em nosso dia a dia, facilitando diversas tarefas e trazendo inovações. Um exemplo disso é o Claude.ai, um concorrente do ChatGPT que promete auxiliar os usuários de forma gratuita. Em um estudo recente, foi analisado o conteúdo das conversas das pessoas com a inteligência artificial, revelando insights interessantes.
Além disso, a utilização de IA, chatbots e assistentes virtuais tem se tornado comum em diversos setores, proporcionando uma interação mais eficiente e personalizada com os usuários. Essas tecnologias estão revolucionando a forma como nos comunicamos e realizamos tarefas do dia a dia. Experimente você também e descubra as possibilidades que a inteligência artificial pode oferecer.
Explorando as Possibilidades da Inteligência Artificial
Para compreender de que maneira as ferramentas de inteligência artificial são utilizadas, o Washington Post recorreu aos dados do WildChat, desenvolvido pelo Allen Institute for Artificial Intelligence. Essa ferramenta proporciona acesso a diversos modelos de IA, incluindo o ChatGPT, de forma totalmente gratuita e sem a necessidade de registro. Em contrapartida, os usuários devem concordar em compartilhar o histórico de suas conversas com o instituto.
Com base nesses dados, é viável analisar o comportamento dos usuários, a forma como os chatbots reagem aos comandos, os potenciais usos dessa tecnologia e muito mais. Para tornar a pesquisa mais específica, foram examinadas conversas de indivíduos localizados nos Estados Unidos e que se comunicaram em inglês.
Inicialmente, mais de 200 mil conversas foram analisadas, porém, foram aplicados filtros para excluir prompts que solicitavam ao chatbot refazer um comando ou reescrever uma frase. Dessa forma, o Post concentrou-se exclusivamente no primeiro comando emitido pelo usuário. Ao final, foram consideradas 39 mil conversas provenientes de 16 mil endereços de IP distintos, com uma margem de erro de 5%.
A pesquisa examinou diálogos dos usuários do WildChat, revelando que 21% deles solicitaram ao chatbot a criação de uma história ou a interpretação de papéis. Essas ferramentas se mostram eficazes na realização de brainstorming, auxiliando as pessoas a superar bloqueios criativos e aprimorar seus textos.
Portanto, muitos usuários recorrem à inteligência artificial para redigir fanfics, roteiros, piadas, poemas ou para participar de encenações, também conhecidas como role-play. O levantamento também constatou que 7% dos usuários tentaram utilizar o chatbot para manter conversas mais picantes, incluindo solicitações de encenações de teor sexual.
Apesar de a maioria das IA generativas possuir restrições em relação a conteúdos explícitos, os usuários empregam ‘jailbreaks’, ou seja, comandos elaborados para contornar essas políticas, obtendo êxito em 50% das vezes. Especialistas sugerem que esses usuários se sentiram mais à vontade para abordar esse tipo de conversa com o WildChat, uma vez que podem permanecer anônimos, sem a necessidade de efetuar login.
Uma em cada seis conversas analisadas envolvia estudantes em busca de auxílio para realizar tarefas escolares. Alguns usuários utilizaram o chatbot como um tutor auxiliar, visando a aprofundar seu entendimento sobre o tema estudado.
Contudo, outros simplesmente copiavam e colavam as questões com o intuito de obter as respostas. Embora a inteligência artificial seja uma ferramenta valiosa para aprimorar os estudos, não é aconselhável recorrer aos chatbots para redigir trabalhos acadêmicos, visto que essas ferramentas podem cometer equívocos e disseminar informações incorretas.
A pesquisa também indicou que os desenvolvedores utilizam a inteligência artificial generativa para escrever, corrigir ou compreender códigos de programação. Esse tipo de interação representou 7% do total, com mais 1% sendo classificado como auxílio com tarefas escolares.
Fonte: @Tech Tudo
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