Pausa tática das 2h às 13h na estrada entre Kerem Shalon e Salah al-Din, distantes 170 km, para atividades militares diárias de controle de acesso.
O exército israelense divulgou no domingo (16) que irá suspender as operações militares diariamente em algumas áreas do sul de Gaza para viabilizar a chegada de mais ajuda humanitária. Grupos internacionais têm destacado a urgência de ações para enfrentar a crise humanitária em desenvolvimento nessas regiões.
Essa decisão é crucial para garantir que a ajuda humanitária alcance aqueles que mais necessitam. A comunidade internacional deve intensificar os esforços de suporte humanitário para mitigar os impactos da crise humanitária em Gaza e regiões circunvizinhas.
Ajuda Humanitária na Faixa de Gaza: Atividades e Controle de Fronteira
A pausa estratégica, programada das 2 horas da manhã (horário de Brasília) até as 13 horas, ocorrerá na rota que conecta a passagem de fronteira de Kerem Shalom – localizada próxima a Khan Yunis – à rodovia Salah al-Din. A distância entre esses dois pontos é de cerca de 170 km.
Em maio, duzentos veículos de auxílio humanitário provenientes do Egito adentraram na Faixa de Gaza através da passagem de fronteira de Kerem Shalom, sob controle de Israel, conforme reportado pelo canal egípcio Al-Qahera News. Esses veículos partiram do lado egípcio da passagem de fronteira de Rafah, que estava fechada desde o início de maio, quando Israel assumiu o controle do lado palestino do terminal. Toda a assistência proveniente do Egito passa por inspeção das autoridades israelenses e é distribuída com a supervisão da ONU.
Israel concordou em permitir a entrada de ajuda humanitária à Faixa de Gaza após uma conversa com Biden. Em abril, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente norte-americano, Joe Biden, discutiram a questão, resultando na promessa de Israel em permitir o acesso à ajuda por meio de dois pontos: o porto israelense de Asdod, localizado a aproximadamente 35 km de Gaza, e a passagem de Erez, no norte do território palestino.
Desde o início dos conflitos entre Israel e o Hamas em 7 de outubro, a ajuda humanitária tem chegado de forma limitada à Faixa de Gaza e mal tem alcançado o norte do território. A região foi severamente afetada pelos confrontos e enfrenta uma iminente crise de fome, de acordo com a ONU. A pressão internacional sobre Israel aumentou após a morte de sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen em um ataque israelense em 1º de abril.
‘Este não é apenas um ataque contra a World Central Kitchen, é um ataque às organizações humanitárias que atuam em situações extremas, onde alimentos são utilizados como arma de guerra. Isso é inaceitável’, afirmou o CEO da ONG, Erin Gore, na ocasião.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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