Maxwell Simões Corrêa é acusado de planejar a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes. Após o homicídio, foi preso preventivamente.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Justiça carioca determinou nesta segunda-feira (19) que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa será julgado pelo júri popular pela suposta participação no planejamento da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
A decisão de enviar o ex-bombeiro para julgamento popular ressalta a gravidade do caso de assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, que chocou o país. A busca por justiça no caso da morte da vereadora continua sendo prioridade para as autoridades e a sociedade como um todo.
Detalhes da Delação Premiada e a Prisão de Suel
Suel, conhecido pelo apelido, foi detido em julho do ano passado com base na delação premiada feita por Élcio Queiroz, ex-PM que admitiu ter dirigido o veículo utilizado no assassinato. O colaborador afirmou que o ex-bombeiro foi responsável por conseguir um carro clonado para a ação e também por sua eliminação após a morte. A defesa de Suel informou que ainda estava avaliando a sentença antes de se pronunciar.
Em seu depoimento, o ex-bombeiro negou qualquer envolvimento com o veículo utilizado no crime e alegou desconhecimento sobre o planejamento da morte da vereadora, conforme declarado por Élcio. Na decisão de pronúncia que encaminha o caso para o júri popular, o juiz Gustavo Kalil manteve a detenção preventiva de Suel.
Suel foi um dos milicianos que Ronnie Lessa, ex-PM confesso de ser o executor da morte de Marielle e Anderson, absolveu de responsabilidade em sua delação premiada. Lessa confirmou que Suel forneceu o veículo utilizado na emboscada, porém alegou que ele não tinha conhecimento de que Marielle seria o alvo.
Lessa afirmou à Polícia Federal que Suel disponibilizou o carro com placa clonada para outro crime: o assassinato da então presidente da escola de samba Salgueiro, Regina Céli. No entanto, a emboscada não foi concretizada. A defesa de Suel tentou usar o depoimento de Lessa para revogar a prisão do ex-bombeiro, mas o pedido foi negado por Kalil.
O ex-PM confirmou o envolvimento de Suel na destruição do veículo após o crime. Suel já havia sido condenado por lançar armas no mar que pertenciam a Lessa.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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