Advogada Adélia Soares indiciada pela Polícia Civil do DF por lavagem de dinheiro, jogos ilegais e movimentações financeiras suspeitas em empresas de fachada e operações de câmbio.
A Polícia Civil do Distrito Federal identificou a advogada Adélia Soares como uma das principais envolvidas em um esquema de fraude que movimentou R$ 2,2 bilhões. Ela é a defensora da influenciadora Deolane Bezerra, que está presa por envolvimento em jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
De acordo com o inquérito, com 68 páginas, Adélia Soares foi indiciada pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa. A investigação revelou que ela estava envolvida em uma trama que envolvia a prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro. A Polícia Civil acredita que Adélia Soares tenha atuado como uma peça fundamental no esquema, ajudando a ocultar a origem do dinheiro e a evitar a detecção pelas autoridades. A fraude foi descoberta após uma investigação minuciosa.
Esquema de Lavagem de Dinheiro e Jogos Ilegais
De acordo com a investigação da Delegacia do Lago Norte de Brasília, Adélia Soares abriu uma empresa para lavar dinheiro proveniente de jogos de apostas ilegais e se associou a criminosos chineses para enviar grandes quantias de dinheiro para o exterior. A análise da polícia das movimentações financeiras da principal empresa investigada revelou que o esquema movimentou cerca de R$ 2,5 bilhões sem a devida autorização do Banco Central.
A polícia afirma que esse esquema não tem ligação direta com Deolane Bezerra. Adélia Soares ficou conhecida nacionalmente após participar do reality show Big Brother Brasil, na 16ª edição, tendo sido a sexta eliminada em um paredão triplo, ao lado de Munik e Ronan.
O Esquema de Fraude e Golpe
A polícia diz que os elementos da investigação demonstraram que criminosos chineses enviaram emissários ao Brasil para operacionalizar cassinos ilegais. Esses chineses abriram diversas empresas de fachada com a cooptação da advogada Adélia Soares. Uma delas, a Anspacepay, era uma empresa de pagamentos. A PCDF também cita a empresa de pagamentos PlayFlow em nome de Adélia para recebimentos de pagamentos.
Com essas empresas e pela cooperação da Anspacepay e outras instituições de pagamento, abriram contas para receber dinheiro por meio de acesso indireto ao sistema pix. Segundo a investigação, os valores recebidos dessas apostas eram depois remetidos ao exterior por operações de câmbio fraudulentas (eFX). A apuração então constatou que a abertura de empresas de fachada que passaram a funcionar como instituições de pagamento controladas por estrangeiros de pagamento nacionais que funcionavam sem autorização do Banco Central, ‘instrumentalizando o acesso indireto das empresas de fachada ao sistema pix’.
Investigadores ouvidos pela CNN dizem que houve também uso de CPF de pessoas mortas para remessas das apostas ao exterior via empresa Anspacepay. A reportagem procurou a defesa da indiciada e aguarda retorno.
Fonte: © Direto News
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