População leve-se para áreas altas seguras: Niterói, Mathias, Velho, Fátima, Harmonia, Central, Park, Cinco, Colônias, São Luís, Rio Branco, Vila Cerne, Santo Operário e Mato Grande. Militares e Defesa Civil ajudarão. Abrigos públicos: pelo menos 11. Segundo andar do Hospital de Canoas, água subindo, falta de energia elétrica. Usar casas de bombas municipais. Evitar inundações: importantes equipamentos. Áreas de risco: oeste da cidade. Evitar lugares baixos.
Este é o momento mais doloroso da história de Canoas. Uma situação que ultrapassa nossa capacidade de resposta’. Dessa forma, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, descreveu a situação da cidade de quase 348 mil moradores, situada na região metropolitana de Porto Alegre (RS).
A evacuação em massa foi necessária devido à gravidade da situação. O desalojamento forçado de milhares de famílias impactou profundamente a comunidade. O deslocamento em larga escala exigiu uma ação rápida e coordenada das autoridades locais e regionais.
Evacuação em massa de moradores de áreas de risco no lado oeste de Canoas
Com uma estimativa de mais de 50 mil pessoas vivendo em regiões de risco em Canoas, a prefeitura emitiu um comunicado urgente orientando a evacuação imediata de todo o lado oeste da cidade. Os moradores dos bairros Niterói, Mathias Velho, Fátima, Harmonia, Central Park, Cinco Colônias, São Luís, Rio Branco, Vila Cerne, Santo Operário e Mato Grande estão sendo direcionados a buscar abrigo em locais mais altos e seguros diante do iminente risco de inundação.
A crescente quantidade d´água proveniente da região da Serra Gaúcha e do centro do estado, através dos rios dos Sinos e Jacuí, que deságuam no Guaíba, tem causado alagamentos e sérios danos em diversas partes da cidade. A situação se agravou rapidamente, resultando na necessidade de desalojamento em massa dos residentes dessas áreas vulneráveis.
Durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais da prefeitura, Jairo Jorge ressaltou a urgência da evacuação, mencionando a disponibilização de ônibus para auxiliar no deslocamento da população afetada. A mobilização é intensa, com muitos moradores aguardando assistência e suporte em meio à calamidade.
Aeronaves do governo estadual e das Forças Armadas estão realizando operações de resgate aéreo, resgatando pessoas e animais de estimação de telhados e áreas alagadas. Até o último balanço, mais de 3 mil indivíduos já se encontravam em abrigos públicos, e a prefeitura estuda a abertura de pelo menos mais 11 abrigos temporários para receber os deslocados.
A situação atingiu um ponto crítico, resultando na evacuação completa do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), localizado em Mathias Velho, após ser atingido pelas águas. O resgate dos pacientes foi uma operação delicada, contando com a importante colaboração dos militares do Exército e dos servidores da Defesa Civil municipal.
O município enfrenta interrupções significativas, com grande parte da cidade sem eletricidade e fornecimento de água. A rede de telecomunicações também está instável, afetando a comunicação entre as equipes de resgate e os cidadãos em perigo.
O prefeito Jairo Jorge destacou a importância das casas de bombas do sistema de drenagem municipal, cujo funcionamento é essencial para evitar alagamentos e facilitar o escoamento da água em situações de chuvas intensas. Apenas duas das oito casas de bombas estão operando no momento, o que agrava a situação de emergência.
Em relato à Rádio Nacional da EBC, uma moradora do bairro Harmonia descreveu a rápida inundação que levou à sua evacuação durante a madrugada. A água subiu rapidamente, causando tumulto e forçando a saída de vizinhos e amigos em busca de abrigo. A situação tornou-se crítica em questão de minutos, com a água ultrapassando dois metros de profundidade nas proximidades, evidenciando a gravidade da situação em Canoas.
Fonte: @ Agencia Brasil
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