Criação de um Estado Palestino deve ser negociada entre Israel e a Autoridade Palestina na ONU, com apoio do Observador nas Nações Unidas.
Na última quinta-feira (18), os Estados Unidos frustraram o avanço do processo de reconhecimento do Estado Palestino como membro pleno da ONU ao exercerem seu veto no Conselho de Segurança.
Essa decisão gerou grande frustração entre os palestinos, que continuam buscando apoio internacional para a criação de um Estado Palestino. A resolução do Conselho de Segurança da ONU era vista como uma oportunidade crucial para avançar nesse sentido.
Conselho de Segurança analisa criação de um Estado Palestino independente
Os americanos reiteraram a posição de que a criação de um Estado Palestino independente deve ser resultado de negociações diretas entre Israel e a Autoridade Palestina, em vez de uma decisão unilateral da ONU. A etapa no Conselho de Segurança é um passo prévio a uma possível votação na Assembleia Geral, onde a proposta pode contar com amplo apoio, uma vez que cerca de 140 nações reconhecem a Palestina como um Estado, superando a maioria necessária. No Conselho de Segurança, são necessários nove votos dos 15 membros, sem nenhum veto dos países com poder de veto, como China, França, Rússia, Reino Unido e EUA.
Impasse na admissão da Palestina na ONU
A resolução vetada propunha a admissão do Estado da Palestina como membro pleno da ONU, um passo almejado pelos palestinos, que possuem status de observador nas Nações Unidas desde 2012. A persistente campanha palestina pela plena adesão tem enfrentado resistência de Israel ao longo dos anos. Enquanto isso, a tensão na região aumentou devido aos confrontos entre o grupo terrorista Hamas e as forças israelenses na Faixa de Gaza, iniciados em outubro do ano passado.
Divergências e agradecimentos após veto dos EUA
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, expressou sua gratidão aos EUA por vetarem a proposta de reconhecimento do Estado palestino na ONU. Katz criticou a iniciativa, mencionando eventos recentes e ressaltando que a concessão de autonomia aos palestinos deveria ser resultado de negociações. Esta foi a segunda tentativa dos palestinos de obter a plena membresia na ONU, e apesar do apoio internacional, enfrentaram resistência no Conselho de Segurança.
Esperança e obstáculos no caminho para um Estado Palestino
O representante palestino, Ziad Abu Amr, destacou que a resolução rejeitada traria esperança para o povo palestino em busca de autodeterminação e um Estado independente. Ele lamentou a intransigência do governo israelense, que, segundo ele, tem minado as perspectivas de paz na região. A busca por um Estado Palestino enfrenta desafios complexos e requer o engajamento de todas as partes envolvidas, reforçando a importância do diálogo e da diplomacia para alcançar uma solução duradoura.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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