Acordo a ser assinado amanhã define padrões para ética na IA, incluindo treinar IAs para respeitar direitos humanos e valores democráticos.
Os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia assinarão o tratado internacional sobre o uso da inteligência artificial para os setores público e privado, conforme divulgado pela agência Reuters, com base em matéria publicada no Financial Times nesta quinta-feira (5). O tratado visa estabelecer diretrizes claras e universais para a utilização da inteligência artificial, garantindo maior transparência e segurança para os cidadãos e empresas envolvidas.
Com a crescente importância da tecnologia na sociedade moderna, a assinatura do acordo representa um marco significativo no desenvolvimento de normas globais para a IA. A colaboração entre os países signatários evidencia o compromisso conjunto em promover a inovação de forma ética e responsável. A expectativa é de que o tratado contribua para a criação de um ambiente propício ao desenvolvimento sustentável e equitativo da inteligência artificial em escala internacional.
Novo acordo global sobre IA tratado por 50 países em conjunto
Uma notável colaboração envolvendo mais de 50 países resultou em um tratado inédito sobre inteligência artificial. A assinatura do tratado está prevista para acontecer ainda nesta quinta-feira, conforme relatado pela agência responsável. Canadá, Israel, Japão e Austrália estão entre as nações que participaram ativamente da criação deste acordo de grande alcance.
O ministro da Tecnologia do Reino Unido, Peter Kyle, destacou a importância deste tratado, enfatizando que é o primeiro acordo global real e reúne um conjunto muito diverso de países. De acordo com as informações, os Estados Unidos também expressaram seu compromisso em garantir que as tecnologias de IA respeitem os direitos humanos e os valores democráticos.
Responsabilidade e padrões éticos em foco
O tratado exige que os signatários sejam responsáveis por quaisquer resultados prejudiciais e discriminatórios provenientes dos sistemas de IA. Além disso, os sistemas devem respeitar os direitos de igualdade e privacidade, assegurando que as vítimas de violações relacionadas à IA tenham acesso a recursos legais para proteção.
Legitimidade jurídica e implicações do tratado
Este acordo é considerado juridicamente vinculativo, o que significa que as partes signatárias estão obrigadas a cumpri-lo. No entanto, a ausência de sanções diretas, como multas, é uma ressalva apontada pelo jornal Financial Times. A criação desta convenção foi liderada pelo Comitê de Inteligência Artificial (CAI) do Conselho da Europa, com o rascunho final sendo concluído em março e adotado pelo Comitê de Ministros em 17 de maio.
O novo tratado sobre IA aborda questões fundamentais relacionadas aos direitos humanos, democracia e Estado de Direito, refletindo um compromisso conjunto em estabelecer padrões éticos e legais para o uso da inteligência artificial em escala global.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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