Pesquisadores avisam falta de dados sobre prejuízos de tecnologias. Mencionam: constante exposição, redução capacidade, ampla divulgação, impactos direta e indireta, atitudes e respostas, nível dependência, causados por vício de rolar tela.
Uma pesquisa divulgada na revista Política Ambiental Global identificou que a utilização frequente das redes sociais e das ferramentas de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, desvia energia que poderia ser direcionada para o enfrentamento da crise climática. Entre os impactos resultantes da exposição constante a essas ferramentas estão a diminuição da habilidade de conceber soluções inovadoras e o aumento do desânimo provocado pela disseminação generalizada de conteúdos negativos.
É essencial refletir sobre o equilíbrio entre a interação nas redes sociais e o uso das ferramentas de IA para garantir que não haja um desvio significativo de recursos e esforços que poderiam ser direcionados para a resolução de desafios urgentes como a crise climática. As plataformas digitais e as redes sociais têm um papel crucial na disseminação de informações, mas é fundamental encontrar maneiras de mitigar os efeitos negativos e promover um uso mais consciente e responsável dessas tecnologias.
Como a IA e Redes Sociais Moldam Comportamentos e Atitudes
A constante exposição às redes sociais e às ferramentas de IA tem levado a prejuízos na capacidade de desenvolvimento de soluções criativas, conforme apontado por pesquisadores da Universidade de British Columbia. A ampla divulgação dos benefícios dessas tecnologias pode mascarar os impactos indiretos que elas têm sobre os usuários, moldando suas atitudes e respostas a questões como a crise climática.
Segundo o estudo liderado pelo Dr. Hamish van der Ven, a dependência das ferramentas de inteligência artificial, como os chatbots Gemini e ChatGPT, pode reduzir a capacidade das pessoas de gerar soluções inovadoras para desafios ambientais. A pesquisa destaca a necessidade de revisão dessas ferramentas para evitar a diminuição da criatividade e da autonomia dos usuários.
No contexto das redes sociais, a exposição constante a plataformas digitais como o TikTok tem causado um aumento do vício de rolar a tela, diminuindo a capacidade de concentração dos usuários. O estudo revela que passar longos períodos nessas mídias sociais pode resultar em uma redução significativa no tempo que as pessoas conseguem se concentrar, impactando negativamente a profundidade da absorção de informações.
Ao concentrar a atenção nos impactos indiretos das tecnologias online, os pesquisadores buscam conscientizar sobre a necessidade de uma análise mais abrangente dos efeitos da IA e das redes sociais no comportamento humano. A pesquisa destaca a importância de considerar não apenas os efeitos diretos, mas também as consequências secundárias dessas ferramentas na formação de hábitos e na resposta às mudanças climáticas.
Diante desse cenário, é fundamental que a comunidade acadêmica e os desenvolvedores de tecnologia se concentrem não apenas nos benefícios imediatos, mas também nas potenciais armadilhas que o uso excessivo dessas ferramentas pode trazer. A reflexão proposta pelo Dr. Hamish van der Ven ressalta a necessidade de uma abordagem crítica e informada sobre o impacto da IA e das redes sociais na sociedade contemporânea.
Fonte: © CNN Brasil
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