Investidor estrangeiro: em 2023, no Segmento Secundário da B3, investimento líquido superior a 75% do montante, $XXX milhões, apesar de incerteza fiscal e taxa Selic. Instituição, saldo mensal variou, riscos alto mercado e pouco líquido. Anual superávit, movimento em abril, recursos para lá, montante ultrapassou $YYY milhões, investidor institucional.
Os investidores estrangeiros encerraram o mês de abril com saques líquidos de R$ 11,36 bilhões no mercado secundário (ações já listadas) da B3, conforme informações divulgadas hoje. Abril registrou o menor saldo mensal para essa categoria desde agosto do ano passado, e o mais baixo para um mês de abril desde que o Valor Data começou a acompanhar os dados, em 2006.
Essa movimentação dos investidores estrangeiros reflete a instabilidade do mercado financeiro global, influenciando diretamente as operações na B3. Mesmo com esse cenário, notamos que a presença do investidor não residente continua sendo relevante para a economia brasileira, podendo haver oportunidades futuras de recuperação.
Fluxo de investidores estrangeiros afeta a bolsa de valores brasileira
O saldo mensal das transações na B3 tem refletido um movimento significativo de investidores estrangeiros, com as vendas superando as compras em um montante que já ultrapassa R$ 34,26 bilhões no acumulado de 2024. Esse valor corresponde a mais de 75% do total de investimentos líquidos realizados pelo grupo ao longo de todo o ano de 2023, que ficou em torno de R$ 45 bilhões.
Desde o início do ano, os fluxos de recursos estrangeiros têm deixado a bolsa brasileira, e uma das razões apontadas é a expectativa de uma postura mais conservadora por parte do Federal Reserve dos Estados Unidos. Inicialmente, estimava-se que o Fed realizaria cortes de juros de até sete vezes ao longo de 2024, no entanto, a projeção atual indica que as reduções serão de 0,25 ponto e ocorrerão apenas no segundo semestre.
A perspectiva de manutenção de juros elevados nos EUA tem atraído investidores estrangeiros para aquele mercado, considerado mais seguro. Enquanto isso, questões internas no Brasil, como a incerteza fiscal e os possíveis impactos sobre a taxa Selic, têm contribuído para afastar recursos de regiões tidas como mais arriscadas.
Em abril, o investidor institucional encerrou o mês com um superávit de R$ 4,69 bilhões, acumulando um superávit anual de R$ 6,24 bilhões. Já o investidor individual registrou um saldo positivo de R$ 4,12 bilhões no mês e um superávit de R$ 16,77 bilhões em 2024.
A saída dos investidores estrangeiros da bolsa brasileira tem impactado negativamente o mercado, uma vez que representam uma parcela significativa dos compradores. Essa redução na demanda gera uma pressão de baixa nos preços dos ativos, mesmo com a atratividade das cotações em patamares historicamente baixos.
Além disso, o Brasil é visto como um mercado de alto risco, com uma bolsa pouco líquida e forte dependência do setor de commodities. Essas características, somadas à percepção de risco político e fiscal, tornam o país menos atraente para investidores estrangeiros em períodos de incerteza.
A mudança na meta fiscal anunciada pelo governo em abril, passando de superávit para déficit zero em 2025, reflete uma postura menos otimista em relação às contas públicas. Esses fatores contribuem para aumentar a percepção de risco sobre o mercado brasileiro, levando os investidores estrangeiros a realocarem seus recursos para outras opções consideradas mais seguras.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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