© 2023: Regiões costeiras brasileiras: naturais propensas a inundação: escoamento água, maré alta, deslizamentos terrestres. Metrópoles urbanizadas: menos florestas, solo menos permeável em áreas urbanas. Bacias hidrográficas demoram dias cheias; vulnerabilidade: regiões metropolitanas e costeiras.
Segundo o especialista em recursos hídricos Osvaldo Rezende, professor da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as áreas litorâneas do Brasil estão suscetíveis a inundações e deslizamentos de terra. Esses eventos climáticos extremos representam um desafio constante para as comunidades que habitam essas regiões.
Além das inundações e deslizamentos, as fortes chuvas também podem causar alagamentos e cheias, impactando significativamente a infraestrutura e a segurança das populações locais. É fundamental adotar medidas preventivas e de mitigação para reduzir os danos causados por esses fenômenos naturais.
Inundações e deslizamentos: Regiões costeiras do Brasil e sua vulnerabilidade
De acordo com Rezende, de maneira geral, as regiões costeiras do Brasil apresentam uma propensão muito significativa a sofrer com inundações e deslizamentos, desde Macapá, capital do Amapá, até Pelotas, no Rio Grande do Sul. Essas áreas são conhecidas por suas cheias frequentes, sendo regiões bastante planas, o que dificulta o escoamento da água, especialmente devido às bacias hidrográficas que drenam rapidamente água para essa região, encontrando obstáculos como o mar. A presença do mar, principalmente em momentos de maré alta, torna o escoamento ainda mais desafiador.
Alagamentos e deslizamentos: Impacto nas regiões metropolitanas
Rezende destaca que, de forma geral, todas as regiões metropolitanas no Brasil enfrentam uma propensão muito alta a sofrer com inundações e deslizamentos. Um exemplo é a região da Serra do Mar, abrangendo desde o Espírito Santo até São Paulo, que é considerada de alto risco devido à topografia em declive e às chuvas intensas que ocorrem, resultando em frequentes casos de deslizamentos de terra. A urbanização exacerbou esse problema, pois com mais áreas urbanas, menos florestas para reter a água e menos solo permeável, a água escoa de forma mais rápida, aumentando o perigo para a população.
Deslizamentos de terra e inundações: Regiões amazônicas e bacias hidrográficas
Marcelo Seluchi ressalta que nas regiões amazônicas, as inundações são amplamente espalhadas e podem perdurar por meses devido à planicidade do terreno. Bacias como as dos rios São Francisco, Tocantins, Paraná e Paraguai são conhecidas por demorarem alguns dias para atingirem o pico de cheia. Microbacias, como a do Rio Quitandinha em Petrópolis, são extremamente sensíveis a chuvas intensas, transbordando em questão de minutos. Por outro lado, apenas o Centro-Oeste e parte da Região Norte do Brasil não enfrentam deslizamentos de terra devido às áreas pouco habitadas e planas nessas regiões.
Fonte: @ Agencia Brasil
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